Arquidiocese de Braga -

1 outubro 2019

Igreja tem de "recuperar a dimensão missionária"

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DACS com Agência Ecclesia

D. Manuel Linda destaca que "hoje, a missão é dentro e é fora" e há quem precise do "primeiro anúncio"

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O presidente da Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização afirmou que os cristãos “têm de ser missionários por natureza”, pelo que é preciso “recuperar a dimensão missionária” de Portugal, que tem uma “história riquíssima”.

“Portugal foi um grande país missionário. Criou estruturas e deu enormes servidores do Evangelho. (...) No seguimento desta história riquíssima, temos de recuperar a dimensão missionária”, escreveu D. Manuel Linda no Guião Missionário 2019/2020.

O bispo do Porto afirma que “é agora a altura própria” de se tomar “consciência de que o «envio» é consequência lógica do baptismo”.

Este mês marca o final de “um especial Ano Missionário” dinamizado pela Igreja Católica em Portugal e o responsável coloca algumas perguntas para reflexão: “Que nos ficou deste tempo e desta celebração? Tornamo-nos mais «discípulos missionários»? Demo-nos conta de que, pela sua natureza, o baptismo já nos relaciona com a missão? Cresceu em nós o ardor missionário?”.

“Ser Igreja é, de facto, alargar indefinidamente os horizontes universais do amor de Deus, actuá-los na realidade da vida das pessoas e implantar neste mundo a tal «civilização do amor», de que falava São Paulo VI”, desenvolveu o presidente da Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização, na sua mensagem.

D. Manuel Linda explica que as actuais fronteiras da missão “já não coincidem com as de antigamente” e a missão hoje “é dentro e é fora”: “No lugar onde habitamos, ao nosso lado, na nossa família, há, de certeza, pessoas necessitadas do anúncio do amor misericordioso de Deus”.

Para o bispo do Porto, há “sintomas maravilhosos” do empenho missionário ad intra, por exemplo as iniciativas que vão de encontro “ao mundo da indiferença”, mas é preciso “fortalecer e multiplicar” a relação com as missões no exterior, já existe voluntariado missionário, geminações, mas são precisos “mais sacerdotes, mais religiosas, mais leigos e até mais famílias” implicadas no anúncio e na promoção humana.

Segundo o responsável, também há muitas gentes e muitos povos que “carecem de um primeiro anúncio da verdade da fé”, acompanhado pelas obras que o credibilizam.