Arquidiocese de Braga -
1 outubro 2019
Justiça do Vaticano apreendeu documentos e material informático
DACS com Agência Ecclesia
De acordo com a Sala de imprensa da Santa Sé, a operação diz respeito a denúncias internas.
A Justiça do Vaticano apreendeu documentos e material informático na Secretaria de Estado e Autoridade de Informação Financeira. O anúncio foi feito hoje pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
A investigação foi autorizada pelo promotor de Justiça do Estado da cidade do Vaticano, Gian Piero Milano, após “denúncias apresentadas no último Verão” pelo Instituto para as Obras de Religião e pelo departamento do revisor geral, sobre “transacções financeiras realizadas ao longo do tempo”.
A primeira lei contra o branqueamento de capitais no Estado da Cidade do Vaticano entrou em vigor a 1 de Abril de 2011, no pontificado de Bento XVI. Entre 2011 e 2012 foram fechadas mais de 2000 contas “inactivas” no Instituto para as Obras de Religião, conhecido popularmente como o Banco do Vaticano.
A 21 de Maio deste ano a Autoridade de Informação Financeira do Vaticano divulgou o relatório anual relativo a 2018, registando 56 operações “suspeitas”, menos 90% do que em 2015 (544).
A descida, que segue a tendência de anos anteriores, é acompanhada por um aumento da “qualidade” dos registos, disse o director da Autoridade, Tommaso Di Ruzza.
Em 2018, 11 relatórios foram transmitidos ao promotor de Justiça do Vaticano para investigações suplementares pelas autoridades policiais competentes. A Autoridade de Informação Financeira implementou também medidas preventivas em cinco casos e bloqueou duas contas, num valor global de 2,36 milhões de euros.
A 10 de Agosto de 2019, o Papa aprovou os novos estatutos do IOR, introduzindo a figura do “revisor externo”, procurando a verificação das demonstrações financeiras de acordo com os padrões internacionais.
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