Arquidiocese de Braga -

No passado dia 6 de Março, decorreu, no auditório do colégio D. Diogo de Sousa, a palestra intitulada “O avanço da ciência e o recuo de Deus”, organizada pelo Departamento Arquidiocesano para a Presença da Igreja para o Ensino.

Entre os presentes estiveram docentes das diversas escolas católicas localizadas no território pastoral da Arquidiocese e alguns professores de EMRC.

O momento de formação teve como palestrante o Pe. Álvaro Balsas, físico e docente de filosofia na UCP-Braga. 

Após as palavras de recepção do director do colégio, o Pe. Cândido de Sá, onde foi enaltecida a actualidade e interesse da palestra, seguiu-se a intervenção do Pe. Rúben Cruz, director do Departamento. 

Contextualizando a palestra e antes de destacar alguns aspectos do curriculum vitae do sacerdote Álvaro Balsas, o director do departamento recordou que os docentes das escolas católicas, ou de educação moral religiosa católica, todos os dias têm à sua frente alunos que colocam questões pertinentes sobre a relação entre fé e ciência, as quais carecem de uma resposta convicta e lógica. 

Algumas destas perguntas foram respondidas pelo sacerdote jesuíta, licenciado em Física pela Universidade de Coimbra. Recorrendo à história e com uma linguagem próxima, foi destacando aspectos que ajudariam a compreender que as duas realidades podem caminhar lado a lado. Para isso, citou vários filósofos, teólogos e físicos, como Einstein, destacando uma frase deste último: “a ciência sem religião é coxa e a religião sem a ciência fica cega”.

“A fé e a ciência não são incompatíveis, nem existe nenhuma tensão intrínseca entre elas, derivável da natureza de ambas. A ciência não torna Deus inútil”, afirmou, sublinhando que há muitos cientistas prémio Nobel que foram cristãos. 

A conferência contou ainda com espaço de debate.