Arquidiocese de Braga -

8 abril 2020

D. Jorge Ortiga pede a sacerdotes que contribuam com um ordenado para Fundo Social Diocesano

Sacerdotes na Missa Crismal da Quinta-Feira Santa de 2019, na Sé de Braga.
Fotografia

DACS

Para o arcebispo de Braga a Igreja não se pode ficar pelo “mero exigir às pessoas”.

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O arcebispo de Braga pediu, numa mensagem dirigida aos sacerdotes diocesanos, que contribuam para o Fundo Partilhar com Esperança com o equivalente a um ordenado para que “esta Páscoa seja uma Páscoa de páscoas”.

D. Jorge Ortiga pretende assim dar “consistência” ao Fundo Social Diocesano para poder ajudar “pessoas com fome, desempregados” e os “empregados e trabalhadores dos centros sociais que virão a ter dificuldades por causa da nova situação económica”, agradecendo os contributos dos párocos da Arquidiocese de Braga.

Para o arcebispo, a Igreja não se pode ficar pelo “mero exigir às pessoas” e será necessário “encontrar soluções que, de um modo novo e totalmente diferente, garantam a sustentabilidade de todas as instâncias da Arquidiocese”.

O Fundo Partilhar com Esperança foi criado em 2010, por ocasião da crise económica de então, e tem como objectivos contribuir para a solução dos problemas sociais da Arquidiocese e cooperar no aprofundamento e actualização da acção social da Igreja na Arquidiocese de Braga.

O arcebispo de Braga deixou a ideia de que é altura de retirar “lições a partir do que nos é dado a viver” e convidou os sacerdotes a reflectir sobre “a Igreja do futuro”, que deve encarar “sinodalmente” os “novos desafios”.

No decálogo da mensagem – pensado em comunhão com D. Nuno Almeida, bispo auxiliar de Braga –, D. Jorge lembrou que não existe “Páscoa sem cruz” e que esta permanece “disseminada em tantas situações dramáticas”, sendo missão da Igreja “acolhê-las e ajudar a ultrapassá-las”. E pediu: “estejamos, mais do que nunca, atentos, agora e no futuro, a quem vive na tribulação, no luto e na ansiedade por causa da grave crise que estamos a enfrentar”.

O prelado definiu também “o sentido de pertença à Igreja” como o “sal da nossa vida de sacerdotes”, sublinhando que a principal tarefa dos presbíteros é “construir comunidade” em comunhão “com os fiéis leigos em relações que sabem valorizar a participação de cada um”, algo apenas possível “com uma verdadeira paixão pela Igreja”.