Arquidiocese de Braga -
15 dezembro 2020
Confederação das Instituições de Solidariedade recomenda “Natal dentro do Lar”
DACS com Agência Ecclesia
CNIS destaca riscos de convívios natalícios e de Ano Novo no actual contexto de pandemia.
A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) recomenda que os utentes permaneçam nos espaços e lares residenciais nas celebrações de Natal e Ano Novo, para evitar contágios neste período.
De acordo com a Agência Ecclesia, a Confederação diz que “devem ser evitadas as deslocações dos utentes a casa de familiares para os convívios natalícios e/ou de Ano Novo”, sublinhando que, se tal acontecer, é necessário que, no regresso, “fiquem descartadas as possibilidades de infecção e de futuro contágio”.
“As consequências podem ser devastadoras não apenas para aquele utente em concreto, mas para todos os outros e para os trabalhadores”, adverte a CNIS.
A organização assume que esta decisão cria responsabilidades acrescidas às Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) e ao lares residenciais na organização e nas comemorações do “Natal dentro do Lar”, convidando ao “respeito de todas as regras de higiene e distanciamento já em vigor”.
A CNIS sugere o alargamento do horário e o aumento do número das visitas, além de se “sensibilizar e motivar a comunidade para alegrar os idosos com música, ranchos, coros e teatro desenvolvidos no exterior do edifício” ou “festa de Natal e celebrações religiosas transmitidas aos familiares nas redes sociais”.
“Vale a pena um esforço acrescido para não se criarem agora circunstâncias com reflexos em Janeiro, difíceis de serem encaradas e ultrapassadas”, acrescentam.
A Confederação indica que várias instituições partilharam preocupações e solicitaram orientações, realçando que “o isolamento, confinamento, medo e privação dos contactos afectivos com as pessoas de maior referência para os utentes têm provocado situações de tristeza e depressão com impacto na saúde mental”.
Apesar de reconhecer que as saídas, em especial nesta época de Natal, constituem um aspecto “muito importante da manutenção das referências e do equilíbrio físico e mental” dos residentes nas instituições, a CNIS alerta que “os contactos com pessoas fora deste espaço, aumentam o risco de exposição da pessoa residente ao vírus responsável pela covid-19 e, eventualmente, de outros residentes que possam vir a ser infectados”.
A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade elogia ainda o “grandioso” esforço de cumprimento das orientações da DGS, quanto à organização e funcionamento destas respostas sociais, realçando que a actual situação de pandemia “está longe de estar atenuada e controlada”.
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