Arquidiocese de Braga -
15 março 2021
Ciclone Idai: dois anos depois
DACS
Organizações Não Governamentais portuguesas ajudam 22.500 pessoas a combater a fome.
O ciclone Idai, que assolou a região norte de Moçambique em Março de 2019, continua a fazer estragos, principalmente ao nível da segurança alimentar. Com a região a enfrentar uma das épocas ciclónicas mais fortes de sempre, muitos dos avanços ao nível da produção agrícola tiveram grandes retrocessos.
De acordo com a Cáritas Portuguesa, estima-se que 2,9 milhões de pessoas em todo o país vivam em situação de insegurança alimentar severa durante este mês de Março.
Como resposta de apoio a Moçambique, as ONG portuguesas Oikos, Cáritas Portuguesa e ADPM, unidas em parceria com a Cáritas Moçambicana e a Associação Luarte – continuam a trabalhar nas zonas críticas mais afectadas após a passagem dos ciclones Idai e Kenneth – províncias de Sofala e Cabo Delgado – apoiando na recuperação do sector agrícola para garantir a segurança alimentar e nutricional das famílias e a restauração económica das comunidades.
"A intervenção, desenvolvida em consórcio sob a coordenação da Oikos, contribui para a recuperação produtiva das famílias mais afectadas, permitindo-lhes, de forma autónoma e sustentável, assegurar a satisfação das necessidades alimentares e nutricionais do agregado familiar", explica a Cáritas.
Segundo a instituição, a prioridade no momento é proporcionar às famílias condições que lhes permitam produzir e garantir os seus alimentos. Assim, foram feitas entregas de sementes – milho, feijão e gergelim – e materiais agrícolas na província de Sofala. Foram também criados diferentes campos de demonstração agrícola e "escolas" para ensino de novas técnicas de cultivo que permitam melhorar a eficiência na produção.
"Estas ONG vão ainda melhorar a capacidade de armazenamento de cultivos, para as famílias não perderem as suas colheitas e apoiar as pessoas a criar novas fontes de rendimento, vivendo da agricultura. O trabalho está ainda fortemente orientado para melhorar as capacidades locais de resposta aos impactos futuros de desastres naturais na segurança alimentar e meios de vida", afirma a Cáritas em nota de imprensa.
A acção é financiada pelo Mecanismo de Reconstrução para Moçambique accionado pelo Governo Português através do Camões, I.P.
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