Arquidiocese de Braga -
25 maio 2021
Plataforma Laudato Si’, o plano de sete anos para a conversão ecológica
DACS
O percurso é inspirado pelos sete objectivos da encíclica Laudato Si’.
O Papa Francisco apresentou esta terça-feira, no Vaticano, a Plataforma de Acção Laudato Si', que vai contar com planos a sete anos para combater a actual crise ecológica “sem precedentes”.
Com o fim do Ano Laudato Si' – dedicado à encíclica de 2015 –, famílias, paróquias e dioceses, escolas e universidades, hospitais, empresas e negócios agrícolas, organizações, grupos e movimentos e institutos religiosos são desafiados a assumir uma jornada de sete anos para que todas as comunidades católicas “se tornem totalmente sustentáveis, no espírito da ecologia integral”.
O percurso é inspirado pelos sete objectivos da encíclica Laudato Si’: “a resposta ao grito da Terra, a resposta ao clamor dos pobres, a economia ecológica, a adopção de um estilo de vida simples, a educação ecológica, a espiritualidade ecológica e o compromisso comunitário”.
Os planos concretos serão disponibilizados a 4 de Outubro, festa de São Francisco de Assis. Estes planos – uma orientação sobre acções através dos objectivos da encíclica – poderão ser usados por todos para “discernir e implementar uma resposta à Laudato Si'”, e constituem uma abordagem “orientada ao processo que atende ao carisma da sua instituição, comunidade ou família”.
Francisco afirma que “há algum tempo que esta casa que nos hospeda sofre com as feridas que causamos por uma atitude predatória” e sublinha que “essas feridas se manifestam de forma dramática numa crise ecológica sem precedentes, afectando o solo, o ar, a água e, em geral, o ecossistema em que vivem os seres humanos”.
Para o Papa é necessária “uma nova abordagem ecológica, que transforme a nossa forma de viver no mundo, os nossos estilos de vida, a nossa relação com os recursos da Terra e, em geral, a forma como olhamos o homem e vivemos”.
O sumo-pontífico apelou ao cuidado “da nossa mãe Terra” para superar “a tentação do egoísmo que nos torna predadores dos recursos” e pediu para que se cultive “o respeito pelos dons da Terra e da criação” e que seja inaugurado “um estilo de vida e uma sociedade que finalmente seja eco-sustentável”.
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