Arquidiocese de Braga -

29 julho 2021

Halterofilista filipina atribui sucesso olímpico à sua fé

Fotografia CNS

DACS

Hidilyn Diaz ganhou a primeira medalha de ouro de sempre das Filipinas e agradeceu a Deus.

\n

Hidilyn Diaz tornou-se na primeira vencedora da medalha de ouro olímpica das Filipinas, estabeleceu um recorde olímpico e agradeceu aos seus amigos que rezaram a novena da Medalha Milagrosa. Numa conferência de imprensa online, a jovem de 30 anos disse que também rezou a novena e usou a medalha.

Depois de vencer a 26 de Julho, a quatro vezes olímpica louvou a Deus e levantou a Medalha Milagrosa de Nossa Senhora do pescoço enquanto gritava repetidamente “Obrigado, Senhor”, relatou a agência de notícias da Conferência dos Bispos Católicos das Filipinas. O gesto de Diaz tornou-se viral, informou a agência.

Depois da sua vitória na categoria feminina de -55 kg – levantou, ao todo, cerca de 224 kg – falou na conferência de imprensa sobre a Medalha.

“É um sinal da minha fé em Maria e em Jesus Cristo”, afirmou.

Em comunicado, o Arcebispo Romulo Valles, de Davao, parabenizou Diaz em nome dos bispos filipinos.

“A vitória dela foi capturada por várias lentes e, numa dessas fotos, ela estava a segurar a medalha de ouro e a usar uma Medalha Milagrosa de Nossa Senhora ao peito. Admiramos a sua devoção à Mãe Santíssima enquanto carregava a sua grande fé em Deus ao alcançar a vitória. Hidilyn é uma verdadeira halterofilista que arranja forças a partir do seu amor pelo país e de uma profunda fé católica. Parabéns, Hidilyn! Que o Senhor continue a abençoar-te com perseverança!”, afirmou o Arcepisbo.

Diaz é activa nas redes sociais. No seu Instagram, publicou uma história com um texto que dizia: “Obrigada por rezarem!”.

Numa publicação no Instagram de 29 de Janeiro de 2020, a atleta escreveu: “Agradeço a Deus por ter uma equipa que está lá a lutar e a trabalhar em conjunto por um objectivo e um sonho para as Filipinas. Vamos crescer juntos para #Tokyo2020”.

Diaz era a quinta de seis filhos de uma família que morava perto da cidade de Zamboanga, em Mindanao. Num artigo publicado antes da competição, foi relatado que, enquanto ainda estava na escola, ia com o pai ajudar a vender legumes e peixes na rua ou no mercado local. Em muitas noites, tudo o que a família tinha para comer era arroz misturado com molho de soja.

“Introduzida no levantamento de pesos pelo seu primo, Catalino Diaz Jr., a menina que se tornaria um ícone nacional começou a levantar pesos feitos de tubos de plástico e pesos caseiros feitos de pedra e latas velhas”, relatou o portal Olympics. Várias pessoas, ao perceberem a dedicação da atleta, começaram a ajudá-la.

“Estou muito grata a Deus por me ter  dado a oportunidade de ser um modelo para os jovens acreditarem no facto de que Ate (um termo que significa “irmã mais velha”) Hidilyn é uma lutadora, a lutar pelos seus sonhos. Talvez Deus me tenha trazido até aqui para inspirar os jovens a praticar desporto e ensinar-lhes o valor dos desportos”, afirmou a atleta.

 

Artigo original publicado no Crux, a 28 de Julho de 2021.