Arquidiocese de Braga -

10 setembro 2021

Bispos portugueses agradecem a “vida plena de humanidade” de Jorge Sampaio

Fotografia João Pedro Quesado/DACS

DACS

A Conferência Episcopal Portuguesa destaca a “grande atenção” de Jorge Sampaio às causas humanitárias.

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A Conferência Episcopal Portuguesa fez hoje uma homenagem “agradecida pela vida plena de humanidade” de Jorge Sampaio, Presidente da República entre 1996 e 2006, que faleceu na manhã desta sexta-feira, aos 81 anos de idade.

O ainda presidente da Plataforma Global para os Estudantes Sírios – que fundou em 2013 –, estava internado desde 27 de Agosto nos cuidados intensivos do Hospital de Santa Cruz, em Oeiras, por insuficiência respiratória.

Para os bispos portugueses, Jorge Fernando Branco Sampaio teve “uma vida dedicada à solidificação da democracia, à defesa dos direitos humanos e ao serviço da causa pública em várias funções autárquicas, nacionais e internacionais, particularmente como Presidente da República”.

A Conferência Episcopal Portuguesa destaca a “grande atenção” de Jorge Sampaio às causas humanitárias, com “expressão concreta” na fundação e presidência da Plataforma Global para Estudantes Sírios, uma associação de assistência académica de emergência e “solidariedade efectiva que apoiou centenas de estudantes sírios a prosseguir os estudos fora do país de origem.

O antigo chefe de Estado foi ainda alto representante da Aliança das Civilizações, uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para fomentar o diálogo e a cooperação internacionais, interculturais e inter-religiosos contra os radicalismos e extremismos, procurando criar uma autêntica rede de solidariedade entre culturas, civilizações e religiões”.

A nível internacional foi, também, antes da Aliança das Civilizações, em 2006 e 2007, enviado especial do então secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para a luta contra a tuberculose.

Em Portugal, foi secretário-geral da Reunião Interassociações e dirigente estudantil na crise académica de 1962, passando duas noites em Caxias preso pela PIDE. Como advogado, começou a carreira pela defesa de presos políticos em 1964.

Já no final dos anos 80, foi eleito líder do PS e presidente da Câmara Municipal de Lisboa, para a qual foi reeleito em 1993. Venceu as eleições presidenciais em 1996 e 2001, deixando o Palácio de Belém em 2006.

O Governo decretou três dias de luto nacional, entre este sábado e segunda-feira. De acordo com o jornal Público, o funeral de Estado terá lugar no domingo, nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.