Arquidiocese de Braga -

O Papa Francisco condenou esta quarta-feira o uso da violência na “história da evangelização”, lamentando a falta de respeito pelas mais variadas culturas ao longo da história.

Na audiência pública semanal, o líder da Igreja Católica relembrou estes erros, apontando a violência usada “a fim de fazer prevalecer o próprio ponto de vista”.

Francisco afirmou que esta atitude privou a Igreja de “tantas expressões locais que têm em si as tradições culturais de povos inteiros”, evocando exemplos de tentativas de evangelização na China ou na Índia que foram mal recebidas.

Os católicos, acrescentou, têm o “dever de respeitar a origem cultural de cada pessoa, colocando-a num espaço de liberdade que não seja restringido por qualquer imposição ditada por uma única cultura predominante”.

O Papa explicou que “católico não é uma denominação sociológica para nos distinguir dos outros cristãos”, mas sim “um adjectivo que significa universal, a catolicidade, a universalidade”.

Francisco questionou os presentes sobre a forma de anunciar a mensagem cristã num momento histórico de “grande mudança cultural”, marcado há décadas pela tecnologia, notando que, “se pretendêssemos falar da fé como se fazia nos séculos passados, correríamos o risco de já não sermos compreendidos pelas novas gerações”.