Arquidiocese de Braga -

O Papa pediu esta quarta-feira a valorização das periferias geográficas e existenciais. Na audiência pública semanal, Francisco iniciou um ciclo de catequeses dedicado a São José.

O líder da Igreja Católica deixou uma mensagem a “todos os homens e mulheres que vivem nas periferias geográficas mais esquecidas do mundo ou que experimentam situações de marginalidade existencial”, desejando que possam encontrar em São José “a testemunha e o protector para quem olhar”.

“A sociedade daquela época não é muito diferente da nossa. Hoje também há um centro e uma periferia. E a Igreja sabe que é chamada a anunciar a Boa Nova a partir das periferias”, observou Francisco.

A Igreja Católica vive até 8 de Dezembro, por decisão do Papa, um ano especial dedicado a São José, em comemoração do 150.º aniversário da declaração como padroeiro da Igreja universal, por Pio IX.

O Papa sublinhou que José, “um carpinteiro de Nazaré e que confia no plano de Deus para a sua jovem noiva e para si mesmo, recorda à Igreja que é preciso fixar o olhar naquilo que o mundo ignora deliberadamente”.

“Nunca como hoje, neste tempo marcado por uma crise global com diferentes elementos, ele pode ser apoio, conforto e orientação para nós”, referiu Francisco, que desafiou os católicos a dar importância “ao que os outros descartam” e apresentou São José como “um mestre do essencial”.

O pontífice acrescentou que São José foi “um homem cheio de fé em Deus, na sua providência”, e aludiu em particular à importância simbólica de Belém, onde Jesus nasceu, e de Nazaré, onde cresceu, “longe do barulho das notícias e do poder da época”, demonstrando que “a periferia e a marginalidade são predilectas de Deus”.