Arquidiocese de Braga -

11 janeiro 2022

Freiras com Síndrome de Down inspiram católicos em todo o mundo

Fotografia Pequenas Irmãs Discípulas do Cordeiro

DACS com NCR

As Pequenas Irmãs Discípulas do Cordeiro estão a receber atenção e apoio dos EUA depois de o Vatican News ter publicado a sua história.

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A história deu a volta ao mundo e comoveu todos os defensores da vida e da sua dignidade intrínseca. As Pequenas Irmãs Discípulas do Cordeiro, situadas na Diocese de Bourges, no centro de França, têm de facto um apostolado muito singular – é o primeiro e único instituto religioso com uma regra de vida adaptada às pessoas com Síndrome de Down.

Num artigo publicado a 24 de Julho, o Vatican News fornece um retrato detalhado dos seus membros e a sua missão profética. A comunidade foi fundada pela Madre Line em 1985, depois de ter conhecido Véronique, uma jovem com Síndrome de Down, cuja fé e desejo de se tornar freira a impressionaram profundamente.

O objectivo da Madre Line é, assim, permitir que as mulheres com deficiência mental sigam  Cristo através de uma vida consagrada, acompanhadas por mulheres sem deficiência com as quais partilham a vida comunitária.

A comunidade obteve o estatuto de instituto religioso contemplativo em 1999, graças ao então Arcebispo de Bourges, Pierre Plateau. Os estatutos foram aprovados definitivamente pelo seu sucessor, o Arcebispo Armand Maillard, em 2011.

As Irmãs não estão ligadas a nenhuma outra comunidade e inspiram-se espiritualmente em Santa Teresa de Lisieux e São Bento. Todas elas, com Síndrome de Down ou não, realizam as mesmas actividades e tarefas diárias, de acordo com as habilidades de cada uma.

A Madre Line disse ao National Catholic Register que o modo de vida da sua comunidade dá às irmãs com deficiência mental uma independência que não teriam em nenhum outro contexto social.

“O nosso estilo de vida, que é um estilo de vida contemplativo, adapta-se muito bem às pessoas com Síndrome de Down”, disse.

Existem actualmente dez Pequenas Irmãs Discípulas do Cordeiro, oito das quais têm Síndrome de Down.

“Precisamos muito de novas vocações, pois faltam mulheres jovens sem deficiência que possam ser consagradas e dar apoio às que são portadoras de Síndrome de Down”, disse a Madre Line.

Desde que a sua história foi publicada pelo Vatican News, as irmãs receberam inúmeras mensagens de apoio e pedidos para visitar a comunidade, especialmente dos Estados Unidos. “Os católicos americanos são de longe os mais sensíveis à nossa missão e aqueles que expressaram o maior interesse pela nossa comunidade, já que a vêem como uma mensagem profética para o mundo”, afirmou.

“Somos muito gratas a todos aqueles que nos ajudam a divulgar o nosso testemunho e esperamos que isso incentive mais pessoas a consagrarem-se ao Senhor através do serviço às às Pequenas Irmãs com Síndrome de Down”.

 

Artigo de Solène Tadié, publicado no National Catholic Register a 13 de Agosto de 2019.