Arquidiocese de Braga -

20 janeiro 2022

O dia de Santa Inês e a bênção dos cordeiros

Fotografia

DACS

É dos cordeiros benzidos na festa litúrgica de Santa Inês, a 21 de Janeiro, que sai a lã usada para produzir os pálios dos arcebispos metropolitas de todo o mundo.

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Dia 21 de Janeiro é o dia de celebração da festa litúrgica de Santa Inês.

Santa Inês, cujo nome latino – Agnes – se associa à palavra em latim para cordeiro – agnus –, está enterrada na basílica que lhe é dedicada, na Via Nomentana, em Roma.

De acordo com a tradição, Inês nasceu no seio da nobreza e numa família cristã. Ainda bem jovem, decidiu consagrar a sua pureza a Deus, resistindo às investidas dos jovens mais ricos da nobreza romana.

Terão sido esses homens que, por vingança da rejeição, a terão denunciado às autoridades como cristã. Inês foi assim condenada a ser exposta nua publicamente. Uma vez exposta, uma luz celestial terá aparecido, e ninguém ousou aproximar-se dela. Ao ser defendida por um anjo guardião, um dos seus pretendentes caiu morto, mas Inês orou a Deus, o que resultou na ressurreição do homem.

Depois de um novo interrogatório, foi condenada à morte na fogueira, porém a madeira não ardia e as chamas fugiam de Inês, acabando por ser decapitada. A Basílica de Santa Inês (Sant'Agnese in Agone) foi construída no local onde a santa foi sepultada.

É a lã dos dois cordeiros abençoados pelo Papa Francisco nesta manhã que será utilizada para a confecção dos pálios – uma faixa de lã branca com seis cruzes pretas de seda envergada pelos arcebispos metropolitas nas suas igrejas e nas da sua província eclesiástica, e que D. José Cordeiro, arcebispo eleito da Arquidiocese de Braga, passará a usar.

O pálio é uma insígnia litúrgica de honra e jurisdição que é tradicionalmente imposta pelo Papa na solenidade de São Pedro e São Paulo, a 29 de Junho. O objecto simboliza a caridade e cuidado que os líderes da Igreja devem ter com o povo de Deus.  

A apresentação dos cordeiros acontece habitualmente na Capela Urbano VIII. Um dos animais é enfeitado com flores brancas, símbolo da virgindade de Santa Inês, e outro com flores vermelhas, símbolo do seu martírio.