Arquidiocese de Braga -

«A Educação Moral e Religiosa Católica é decisiva na construção da sociedade, no alargamento dos horizontes e da mundividência cristã», disse D. José Cordeiro, na abertura de um encontro de professores da disciplina de EMRC, no Centro Pastoral da Arquidiocese de Braga.

Sob o lema "Pensar Global, Agir Local", este foi o primeiro encontro de professores de EMRC organizado em parceria entre o Departamento Arquidiocesano para a Presença da Igreja no Ensino e o Centro Missionário da Arquidiocese de Braga.

Depois de saudar e felicitar os professores de EMRC pelo seu trabalho, o Arcebispo pediu-lhes que sejam «profissionalmente competentes e idóneos, mas espiritualmente motivados».

«A EMRC depende do professor e da professora, não é dos conteúdos nem dos programas», vincou o prelado na mensagem que dirigiu neste primeiro encontro com professores de EMRC, lembrando que é missão da educação cristã promover na sociedade e na família uma educação para a cidadania, «com os valores, sem medo, sem vergonha, nem complexos de inferioridade ou de superioridade».

O Arcebispo expressou a sua alegria por este encontro formativo e pela temática escolhida, "Pensar Global, Agir Local", que teve no centro a paróquia de Santa Cecília de Ocua, na Diocese de Pemba, Moçambique, que está confiada à Arquidiocese de Braga.

A propósito, D. José Cordeiro indicou que a sua primeira visita pastoral será à paróquia de Ocua e isso acontecerá «tão breve quanto possível».

«O Pensar Global, Agir Local começa por cada um de nós», assinalou.

Este encontro no Centro Pastoral teve como objetivo proporcionar aos professores de EMRC uma sensibilização sobre aquilo que é o Centro Missionário de Braga e a sua adequação à realidade de Educação Moral e Religiosa Católica «Como nós estamos em meio escolar precisamos também de iniciativas que, de maneira global, possam contribuir também para aquilo que é o propósito da Agenda 2030 que é alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável, e nesse caminho a EMRC tem ainda a aprender também», disse ao Diário do Minho Pedro Mendes, coordenador do Serviço de EMRC a nível diocesano.

A longo prazo, acrescentou, pretende-se dotar os professores de EMRC de um conhecimento «mais abrangente», para que possam trabalhar em conjunto com outras estruturas da Arquidiocese, seja em meio escolar, seja em meios da sociedade civil, indo ao «encontro dos objetivos da sociedade».

O encontro de ontem, o primeiro neste modelo, contou com professores de EMRC de toda a Arquidiocese. Mas é objetivo do Departamento Arquidiocesano para a Presença da Igreja no Ensino envolver também os alunos nesta dinâmica do "Pensar Global, Agir Local".

«Tradicionalmente associávamos o ser missionário a quem ia para fora, a quem saía, mas o ser missionário é ter um olhar atento sobre os outros, é ter um olhar de esperança também para a realidade e procurar soluções ou colmatar algumas lacunas da própria sociedade civil, e nós, como estamos na escola temos que estar atentos a isso, atentos ao outro, voltarmos à relação da proximidade, do contacto com o outro», referiu o secretário do Serviço de EMRC.

Pedro Mendes adiantou no âmbito desta parceria, entre o Departamento Arquidiocesano para a Presença da Igreja no Ensino e o Centro Missionário de Braga, pretende-se também fazer formação com os alunos do secundário no Centro Missionário. O objetivo é que, daqui a um ou dois anos, seja possível, nas férias do verão, um grupo de alunos do ensino secundário ir fazer missão na diocese de Pemba, no âmbito do projeto Salama! da Arquidiocese de Braga.

Artigo publicado no Diário do Minho de 06 de março de 2022.