Arquidiocese de Braga -
7 março 2022
Papa envia Cardeais para ajudarem a Ucrânia
DACS
Cardeal Konrad Krajewski, Esmoleiro Pontifício, está a caminho da fronteira Polónia/Ucrânia e o Cardeal Michael Czerny, Prefeito "ad interim" do Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, chega amanhã à Hungria.
O Papa Francisco anunciou ontem, durante o Ângelus, na Praça de São Pedro, que enviou dois Cardeais como expressão da solidariedade da Igreja com o povo ucraniano: o Cardeal Konrad Krajewski, o Esmoleiro Pontifício, e o Cardeal Michael Czerny, Prefeito ad interim do Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral.
O Cardeal Krajewski está agora, 7 de Março, a caminho da fronteira Polónia/Ucrânia, onde irá visitar refugiados e voluntários em abrigos e lares.
O Cardeal Czerny chegará à Hungria amanhã, 8 de Março, para visitar alguns centros de acolhimento de migrantes vindos da Ucrânia.
Os Cardeais levarão ajuda aos necessitados e servirão como “a presença não só do Papa, mas de todo o povo cristão que se solidariza com o povo da Ucrânia e diz: «A guerra é uma loucura! Parem, por favor! Olhem para esta crueldade!» Rios de sangue e lágrimas correm na Ucrânia. Não é apenas uma «operação militar», mas uma guerra, que semeia morte, destruição e miséria”.
O Papa Francisco declarou que o número de vítimas está a aumentar, assim como as pessoas que fogem, especialmente mães e filhos.
“A necessidade de assistência humanitária naquele país conturbado está a crescer dramaticamente hora a hora. Faço um apelo sincero para que os corredores humanitários sejam genuinamente protegidos e para que a ajuda seja garantido e o acesso facilitado às áreas sitiadas, a fim de oferecer socorro vital aos nossos irmãos e irmãs oprimidas por bombas e pelo medo. Agradeço a todos aqueles que estão a receber refugiados. Acima de tudo, imploro que cessem os ataques armados e prevaleça a negociação e o bom senso. E que o direito internacional seja respeitado novamente!”, afirmou.
Segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé, esta última acção do Papa Francisco pretende também chamar a atenção para as muitas situações semelhantes em todo o mundo.
O Cardeal Czerny continuará a traçar “a triste semelhança entre o sofrimento dos ucranianos e os conflitos prolongados que já não atraem a atenção do mundo. Além disso, levantará a preocupação de que residentes africanos e asiáticos na Ucrânia, que também sofrem de medo e deslocamento, possam procurar refúgio sem discriminação”, lê-se no comunicado da Sala de Imprensa.
Há ainda relatos preocupantes de actividades crescentes de tráfico de seres humanos e contrabando de migrantes nas fronteiras e nos países vizinhos.
“Como a maioria das pessoas que fogem são crentes, o Cardeal afirmará que a assistência religiosa deve ser oferecida a todos, com sensibilidade para as diferenças ecuménicas e inter-religiosas. Finalmente, através dos esforços louváveis para oferecer respostas e corredores humanitários, há uma grande necessidade de coordenação, boa organização e estratégia partilhada, a fim de se acolher o sofrimento das pessoas e proporcionar alívio efectivo”, conclui o comunicado.
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