Arquidiocese de Braga -
4 julho 2022
A profetisa dos pobres em Cuba
DACS com Vida Nueva Digital
Nadeslida Almedida Miguel tem servido os mais frágeis nos últimos 30 anos.
Em 2021, durante os protestos, o regime cubano quis “passar-lhe uma factura” por querer defender os direitos do seu povo, porque “como baptizada” está “livremente obrigada a ser profetisa e não responder a essa vocação é dizer a Jesus Cristo que o seu Reino continua a ser impossível”.
É Filha da Caridade há 30 anos, ao mesmo tempo que é enfermeira, já que a faz “muito feliz poder curar”.
Grande parte da sua vida foi dedicada às crianças e adolescentes com deficiência, bem como aos idosos.
“Descobri que entendia as crianças sem a necessidade de falar. Apesar disso poder parecer simples, para quem atendemos essa é uma das melhores coisas que lhes pode acontecer”, explicou.
A opção por esta terra
“Os nossos gostos nem sempre coincidem com o que Deus nos pede, então há alguns anos que me pedem outros serviços”, diz.
Entre esses, ser a presidente da Conferência Nacional dos Religiosos de Cuba, onde aprendeu a valorizar o trabalho em equipa. Por isso, procura “estar perto do mundo da dor” e do seu povo, “para quem a vida é cada vez mais difícil”.
“Mantenho a minha opção por esta terra onde nasci”, sublinha..
Como recitam os Macabeus: “Não permitam que nada vos cale, ser fiel à consciência é a maior liberdade e não podemos brincar com isso”.
Nadeslida caminha pelo cais de Havana, no seu coração bate a esperança e, como aquele que se entregou na cruz, fala assumindo a sua “responsabilidade até às últimas consequências”.
Artigo de Ángel Alberto Morillo, publicado em Vida Nueva Digital a 3 de Julho de 2022.
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