Arquidiocese de Braga -

14 julho 2022

Cardeais da América Latina estão entusiasmados com a nomeação de três mulheres para o Dicastério para os Bispos

Fotografia DR

DACS com Vida Nueva Digital

Oscar Rodríguez Maradiaga e Pedro Barreto apoiam o Santo Padre na sua decisão de nomear mulheres como eleitoras de bispos.

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Os cardeais Oscar Rodríguez Maradiaga, arcebispo de Tegucigalpa (Honduras), e Pedro Barreto, arcebispo de Huancayo (Peru), ambos muito próximos do Papa Francisco, saudaram a nomeação de três mulheres para o Dicastério para os Bispos, anunciada pela Santa Sé nesta quarta-feira, 13 de Julho.

“Isto enche-nos de grande entusiasmo”, disse Rodríguez Maradiaga, questionado pelo Vida Nueva em conferência de imprensa na nova sede do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM), em Bogotá.

“Não se pode prescindir da abordagem, como nos disse o Papa João Paulo II na sua carta às mulheres, se se recordam, em que falava do «génio feminino» que não pode faltar na nomeação dos bispos”, afirmarou o Cardeal.

 

A visão feminina

Barreto partilha da alegria do seu colega hondurenho, pois “sem dúvida, a opinião de uma mulher na família, na sociedade e mais ainda na Igreja tem um rosto feminino em Maria, a Virgem”.

Com esta mudança de direcção do Papa, a opinião das mulheres terá peso e o cardeal peruano ainda aponta que a escolha de três mulheres simboliza a “trindade mariana”, pelo que “serão um suporte significativo” daquilo que implica o futuro da mulher na Igreja.

“Para mim, como Bispo e Cardeal, fico feliz por as mulheres participarem na eleição ou na proposta eleitoral, porque quem nomeia é o Papa. Acho que agora os novos bispos sentir-se-ão muito mais apoiados por elas; por esta valiosa contribuição da visão feminina no processo de discernimento”, destacou.

Artigo de Ángel Alberto Morillo, publicado em Vida Nueva Digital a 13 de Julho de 2022.