Arquidiocese de Braga -

19 julho 2022

“Mulheres Samaritanas” rezam pelos seus matrimónios

Fotografia PASCAL DELOCHE/GODONG/MAXPPP

DACS com La Croix International

Um grupo de mulheres na cidade francesa de Tours formou um grupo único de oração e partilha para ajudar a revitalizar os seus casamentos... e a iniciativa está a espalhar-se.

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Um grupo de mulheres tem-se reunido todas as semanas dos últimos cinco anos na Paróquia Cristo Rei (Christ-Roi) na Arquidiocese de Tours, no centro de França, para um momento de oração.

O grupo chama-se “Mulheres Samaritanas”.

As duas fundadoras – Stéphanie Droisneau, de 47 anos, e Marie Joulie, de 42 – procuraram em vão uma iniciativa da Igreja que ajudasse as esposas a partilhar as suas dúvidas, questões ou arrependimentos relacionados com o casamento.

“Infelizmente, não há serviço pós-venda para casamentos”, lamenta Joulie, acrescentando que as Samaritanas “não vivem necessariamente situações de crise conjugal”.

O grupo foi inspirado no filme de Hollywood War Room, de Alex Kendrick. É a história de Elizabeth, cuja vida parece estar a ir bem, à excepção do seu casamento. Então, ela confia o seu destino a Deus e à oração.

Droisneau e Joulie dizem que a ideia das Samaritanas é aproveitar os recursos da fé para zelar pelo casamento e pela relação com os maridos.

“Contra a rotina e a resignação, temos uma arma pacífica: a oração”, dizem.

 

Apoio e escuta hospitaleira

Nem todos os maridos estão cientes da sua participação neste grupo.

“Alguns emocionam-se com o processo”, dizem.

Adeline, mãe de 44 anos, foi uma das últimas a juntar-se ao grupo. Encontrou o apoio e a escuta hospitaleira que esperava, sendo nutrida “pelas orações uns pelos outros”.

Diz que este momento “mudou muitas coisas” na sua relação conjugal.

Cada reunião é construída em torno de rituais. Ajoelhadas aos pés do altar, na intimidade da pequena capela, primeiro recitam colectivamente a “Oração dos Esposos, que transforma casamentos”, ou a “Invocação ao Espírito Santo”.

De seguida, revezam-se a falar, relatando seus compromissos e oferecendo “acção de graças” pela semana e por aqueles que partilham as suas vidas.

Reservam um tempo para reflexão e, eventualmente, anotam as intenções de oração que colocam diante do altar.

 

Uma iniciativa a espalhar-se

Durante o resto da semana, as Samaritanas comprometem-se a respeitar três pilares a cada dia: rezar pelos seus maridos, realizar um “acto de penitência” ou generosidade e “falar a linguagem do amor”.

Este último acto é baseado na teoria de Gary Chapman, o pastor Baptista americano e conselheiro matrimonial, que diz: “O importante é falar a linguagem do amor que a outra pessoa entende”.

Isto requer um esforço individual para aprender a reconhecer o gesto de ternura, o serviço, o dom ou a intenção capaz de fazer feliz o cônjuge.

A experiência destas mulheres em Cristo Rei atraiu a atenção para além da paróquia.

Três outros grupos de “Mulheres Samaritanas” – abertos a todas as mulheres, casadas ou não na Igreja – têm sido gradualmente constituídos na Arquidiocese de Tours.

Artigo de Xavier Renard, publicado no La Croix International a 19 de Julho de 2022.