Arquidiocese de Braga -
1 setembro 2022
Francisco elogia Celestino V, primeiro papa que renunciou ao pontificado
DACS com Agência Ecclesia
Francisco procedeu à abertura da Porta Santa do Perdão, uma celebração instituída por Celestino V há 728 anos.
Numa breve visita à cidade italiana de Áquila, o Papa encontrou-se ainda com familiares das vítimas do terramoto de 2009 e agradeceu a resiliência do povo daquela região. Francisco procedeu à abertura da Porta Santa do Perdão, uma celebração instituída por Celestino V há 728 anos.
O sumo pontífice reconheceu, na visita à cidade de Áquila, o testemunho de fé e a resiliência dado pelo povo daquela cidade após o terramoto de 2009. “O cristão sabe que a sua vida não é uma carreira à maneira deste mundo, mas uma carreira à maneira de Cristo, que dirá de si mesmo que veio para servir e não para ser servido”, afirmou.
Francisco, na celebração que decorreu na praça junto à basílica de Santa Maria em Collemaggio, elogiou ainda o Papa Celestino V: “Recordamos erradamente a figura de Celestino V como ‘aquele que fez a grande recusa’, mas Celestino V não era o homem do ‘não’, era o homem do ‘sim’”.
Para Francisco, Celestino V não se deixou aprisionar nem controlar por nenhuma lógica de poder: “Enquanto não entendermos que a revolução do Evangelho está toda neste tipo de liberdade, continuaremos a testemunhar guerras, violências e injustiças, que nada mais são do que o sintoma externo de uma falta de liberdade interior. Onde não há liberdade interior, abrem caminho o egoísmo, o individualismo, o interesse, a opressão, todas estas misérias”, referiu.
Celestino V foi o primeiro papa a renunciar ao pontificado, a 13 de Dezembro de 1294. Francisco destaca a humildade desse acto: “Não consiste na desvalorização de si mesmo, mas naquele realismo saudável que nos faz reconhecer as nossas potencialidades e também as nossas misérias”.
O Papa Celestino V é também conhecido por ter decidido que todos os que visitassem a Basílica de Collemaggio entre os dias 28 e 29 de Agosto receberiam a remissão dos pecados e a absolvição da pena.
Francisco terminou a celebração com a oração do Angelus, solidarizando-se com o Paquistão, recentemente afectado por inundações. O pontífice rezou ainda pelo povo ucraniano e por todos os que sofrem por causa da guerra.
Partilhar