Arquidiocese de Braga -

21 setembro 2022

Parolin reivindica perante a ONU a “urgência” de um Pacto Educativo Global

Fotografia DR

DACS com Vida Nueva Digital

“Uma visão holística da educação requer compromissos precisos, que nascem de fazer da pessoa humana o centro de todos os esforços educativos”, disse o Cardeal.

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O secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, viajou esta semana até Nova Iorque para participar na Cimeira para a Transformação da Educação, evento realizado no início da semana da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Uma ocasião que o cardeal aproveitou para defender, como informa o Vatican News, que "a eclosão da pandemia de Covid-19 e agora a guerra na Ucrânia, sem esquecer os muitos outros conflitos em curso em diferentes regiões do mundo, tornam mais urgente a necessidade de um Pacto EducativoGlobal”.

“É necessário criar uma «aldeia educativa» em que todas as pessoas, de acordo com as suas respectivas funções, partilhem a tarefa de formar uma rede de relações abertas e humanas”, afirmou Parolin, reconhecendo que, antes de mais, deve limpar-se “o terreno da discriminação e deixar que floresça a fraternidade”.

Por outro lado, o cardeal insistiu na importância de “reconstruir a frágil aliança educativa introduzindo às novas gerações os valores do respeito, do diálogo e da solidariedade, investindo os melhores recursos disponíveis numa educação de qualidade”.

 

Os quatro pilares

Além disso, e com base na mensagem do Papa no lançamento do Pacto Educativo Global 2022, a 12 de Setembro, Parolin convidou todos aqueles que trabalham no campo da educação a orientarem-se por quatro pilares fundamentais: conhecer-se a si mesmo, o outro, à criação e ao transcendente.

“Conhecer o outro encoraja-nos a ter em mente o «outro», especialmente aqueles que estão em situações de vulnerabilidade”, disse o cardeal. Do mesmo modo, o conhecimento da criação “inspira-nos a cuidar da nossa casa comum”, e o conhecimento do transcendente “afirma a inclinação natural da pessoa humana para o infinito, alargando o nosso horizonte e a nossa capacidade de descobrir os grandes mistérios da vida”.

“É esta tensão em relação ao destino e à vocação da humanidade, que dá à educação o seu significado mais profundo e convence os jovens do seu valor”, afirmou.

Parolin também sublinhou que esta “visão holística da educação” requer compromissos precisos, que surgem, em primeiro lugar, de fazer da pessoa humana no seu valor e dignidade o centro de todos os esforços educativos.

Portanto, o objectivo final não é outro senão tornar a educação “verdadeiramente abrangente, superando as dicotomias entre os seus aspectos cognitivos, emocionais e éticos”.

Artigo de Vida Nueva Digital, publicado a 20 de Setembro de 2022.