Arquidiocese de Braga -
12 janeiro 2023
Arcebispo de Braga quer tornar serviço pastoral mais “visível” e “afetivo”
DM - Jorge Oliveira
Encontro de Natal do Clero aconteceu ontem, dia 11, no Auditório do Espaço Vita.
O Arcebispo de Braga , D. José Cordeiro, anunciou ontem, 11 de janeiro, na sua primeira participação no Encontro de Natal do Clero, que, terminado o primeiro ano do seu episcopado, no próximo mês de fevereiro, vão ser tomadas algumas decisões em relação ao Seminário, à Casa Sacerdotal, à missão, ao serviço pastoral.
“Têm que ser tomadas alguma decisões para que seja mais visível, mais efetiva e afetiva a comunhão autêntica e verdadeira. O Seminário, a Casa Sacerdotal, os jovens e tudo aquilo que é a nossa missão requerem a nossa ocupação na inteireza da nossa missão”, disse D. José.
O prelado, que falava no Auditório do Espaço Vita, diante de uma plateia composta essencialmente por sacerdotes, referiu que a Casa Sacerdotal deve ser “sentida como todos”. “Ela é nossa, não é apenas uma casa, uma estrutura”, vincou, lembrando que na noite de Natal teve oportunidade de viver um “momento de graça” na Casa Sacerdotal ao celebrar com 20 presbíteros o nascimento de Jesus. “Que o gesto dessa proximidade seja cada vez mais real”, pediu.
Indicando que a Casa Episcopal e a Casa Sacerdotal estão já a articular serviços em termos de celebrações, de refeições, de participação, D. José Cordeiro questionou sobre a possibilidade de fundir o Apoio ao Clero no Instituto Diocesano de Apoio ao Clero (IDAC) que ontem apresentou uma nova imagem.
“Alguns passos já demos nessa convergência. Não é possível concretizá-lo melhor, fazer com que nos sintamos uma verdadeira família e sobretudo no apoio aos que mais precisam, aos de mais idade e concretizarmos isso nas visitas, nos encontros, mas sobretudo na amizade e na relação?”, desafiou.
Na comunicação dirigida aos sacerdotes, o arcebispo incentivou à união e partilha entre o Clero, lembrando que o princípio do “salve-se quem puder”, como diz o Papa Francisco, “pode traduzir-se rapidamente no lema: ‘todos contra todos’, e isso será pior que uma pandemia”.
“Não devemos perder a capacidade do silêncio e da escuta. Se nós pudéssemos ter menos missas e melhor missa, a paz da conversão humana, pastoral, espiritual e missionária, seria muito bom. É um caminhos que certamente iremos percorrer juntos e o caminho faz-se caminhando”, acrescentou.
Acolhimentos dos símbolos da JMJ é oportunidade única e irrepetível
D. José Cordeiro lembrou ainda que no final deste mês, no dia 29, a Arquidiocese de Braga vai receber os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, um momento que poderá constituir uma “prova de fogo para a Pastoral Juvenil e Vocacional”.
Diante dos sacerdotes, o Arcebispo pediu que não se “desperdice esta oportunidade única e irrepetível”.
O programa da peregrinação dos símbolos da JMJ na Arquidiocese de Braga será concluído no próximo sábado, 14 de janeiro, no Conselho Arquidiocesano da Pastoral Juvenil.
“Que não seja mais um cumprimento de calendário (...) Ou levámos isto a sério, ou, então, confundimos a alegria com o entretenimento, mas alegria é muito mais do que isso, e nós somos colaboradores da alegria nos jovens e com os jovens”, disse.
Os símbolos da JMJ vão percorrer os 14 Arciprestados da Arquidiocese de Braga de 29 de janeiro a 3 de março. Durante o mês de fevereiro, todos os dias estará um bispo da diocese a acompanhar a peregrinação da Cruz e do ícone mariano.
Partilhar