Arquidiocese de Braga -

15 fevereiro 2023

VI DOMINGO DO TEMPO COMUM, ANO A

Fotografia

Francisco Marcelino Monteiro Esteves

VI Comum_ano A_Boletim de Mire de Tibães nº 488_2023-02-12 e Lectio Divina

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VI DOMINGO COMUM, ANO A

Jesus Cristo anuncia uma novidade absoluta: ele próprio é a novidade, que nos revela a urgência em mudar toda a nossa mentalidade obsoleta, que invoca para todos uma conversão radical do coração, a renovação da nossa fé.

PLENITUDE

Jesus Cristo vem renovar o que «ouvistes que foi dito aos antigos». É um verdadeiro virar de página, a passagem do Antigo para o Novo Testamento, da Antiga para a Nova e Eterna Aliança. A linguagem legalista dá lugar à linguagem do amor. O julgamento, a condenação, a ameaça do castigo, o perigo de morte, são substituídos pela bonda­de, pela reconciliação, pela vitória sobre o pecado e a morte, colocan­do cada pessoa no excesso de mise­ricórdia. Quem abraça tal mudança torna-se «grande no reino dos céus».

A fé não consiste numa obriga­ção de normas, nem moral de leis religiosas, cheias de proibições e ressentimentos. A fé é um encontro e uma paixão, que se converte num modo de ser, num estilo de vida ilu­minado pela palavra de Deus.

A dureza do coração é uma doença difícil de curar, porque exige uma atitude constante de abandono ale­gre e confiante ao Senhor. É preciso deixar-se transformar interiormente, adquirindo uma conduta que reflita, nas atitudes assumidas, um coração aderente à urgência da caridade, ao excesso de amor ao próximo, à necessidade de viver a proximidade do reino dos céus, a partir do aqui e agora.

A palavra de Deus não obriga, ela torna possível em nós o encanto de viver, aponta a vida em plenitude: podemos superar o legalismo dos doutores da lei e dos fariseus; pode­mos superar as normas que tinham sido ditas aos antigos; podemos superar os mínimos e aspirar aos máximos; podemos sonhar e cons­truir uma vida feliz.

Ano novo, fé renovada. Não te conformes com uma vida medíocre! Não basta evitar o mal; é preciso fazer o bem. Não basta cumprir a lei; é preciso amar o outro e estabe­lecer vínculos de fraternidade. Não basta que cada um cuide da sua fé fechado dentro de si; é preciso aju­dar o outro a descobrir a luz da fé e a viver ainda mais feliz. Não basta agarrar-se à segurança do passado; é preciso abraçar a renovação, aco­lher o inédito da palavra divina que sempre nos surpreende em cada etapa da vida.

 


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