Arquidiocese de Braga -
7 março 2023
Símbolos da JMJ despediram-se de Braga a deixar a esperança de nova etapa
DACS com DM
Depois da cerimónia na Sé Catedral a Cruz e o ícone foram levados pelos jovens até à estação, onde embarcaram para Aveiro
A peregrinação da Cruz e do ícone de Nossa Senhora terminou na tarde de sexta-feira, dia 3, num misto de festa e já a deixar saudades depois de um mês que encheu os corações e mostrou a todos um pouco do que será a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Acolhidos em festa e entusiasmo, os símbolos chegaram por Esposende, no dia 29 de janeiro e, depois de percorrem os 14 arciprestados, seguiram, pela primeira vez dentro de um comboio, para a Diocese de Aveiro.
A despedida na Sé Catedral e posterior peregrinação até à Estação de Caminhos de Ferro reuniu os jovens de ambas as cidades, que unidos cantaram e festejaram, que manifestaram o desejo de mostrar o rosto e o testemunho de uma juventude comprometida com a sua fé.
“A Cruz que nos acompanha aqui e que nos acompanhou em toda a peregrinação, tê-la recebido em uma ponte e entregá-la num comboio significa movimento - estamos a caminho. O mais interpelante para nós é que o caminho é o próprio Jesus Cristo. Ele disse ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida’. Precisamos muito dos jovens para com eles inaugurarmos uma nova etapa, de confiança, de serenidade, de paz, de beleza e esperança”, afirmou o Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, durante a entrevista que concedeu durante a viagem.
O arcebispo destacou a força admirável dos jovens e afirmou que estes conceitos citados não são apenas bonitos de se dizer, “mas que exigem um compromisso grande de todos, os pastores, os adultos na fé para com os jovens”.
A Sé de Braga esteve cheia e muito animada, para a missa de despedida dos símbolos. A missa foi presidida por D. José e concelebrada pelo Bispo Auxiliar, D. Delfim Gomes, pelo presidente da Fundação JMJ, D. Américo Aguiar, por cónegos e padres de toda a Arquidiocese.
Participaram os representantes dos Comités Organizadores Diocesanos de Braga e Aveiro e vários coordenadores arciprestais.
De acordo com o arcebispo, o comprometimento dos jovens era e continua a ser visível e, além daqueles que já estavam comprometidos nos movimentos, nos grupos, nas paróquias, muitos outros foram contagiados por este dinamismo que esta peregrinação criou.
O ‘até já’ aos símbolos
O grande momento da despedida aconteceu na peregrinação desde a Sé até à Estação de Comboios, com centenas de pessoas a acompanhar os símbolos. À frente do cortejo, também estavam alguns elementos que marcam a identidade cultural de Braga, como os balões de S. João, os farricocos, animados com os sons da Equipa Espiral.
Para os organizadores, o balanço é “extraordinariamente positivo”, pelo que há um sentimento de “gratidão” aos jovens e às muitas instituições assumiram um papel fundamental para que a peregrinação corresse da melhor forma, com destaque para os escuteiros, bombeiros e forças de segurança.
“Os símbolos saem de Braga muito melhores. Vós sois grandes e fostes grandes”, disse D. Américo aos jovens de Braga.
Uma delegação de Braga foi a Aveiro, de comboio, numa viagem histórica para fazer a passagem de testemunho. Em Aveiro já estavam D. Nuno, D. Jorge e D. António Moiteiro, Bispo de Aveiro, junto aos jovens e autoridades, que rececionaram os símbolos com alegria.
“Precisamos dos jovens para renovar o rosto da Igreja”, disse D. José, e completa que essa adesão surpreendente faz-nos compreender que “o amor tem a forma da cruz, que é da doação inteira, da verdade toda, não a ‘part time’, mas a ‘full time’. A Igreja tem de ser este sinal de esperança e só poderá ser reconhecendo a sua fragilidade, mas reconhecendo que o seu fundador, mas sobretudo, o seu fundamento, é Jesus Cristo, que é o Caminho, a verdade e a Vida. E Ele está vivo. E é porque Ele está vivo que se operaram tantas transformações e sentiu este entusiasmo crescente, no contágio do amor, da verdade, do perdão, da justiça e da proximidade concreta”.
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