Arquidiocese de Braga -

6 junho 2023

“Projeto Dia da Consciência”

Fotografia Vatican News

DACS com Vatican News

Convite às dioceses portuguesas para que seja feita referência sobre o tema da consciência cristã nas missas do dia 11 de junho

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Inspirado no testemunho do diplomata português Aristides de Sousa Mendes,  que garantiu que milhares de refugiados do nazismo fossem salvos,  o Angelo Roncalli International Committee, através do “Projeto Dia da Consciência”, lançou um convite às dioceses portuguesas para que seja feita referência sobre o tema da consciência nas missas do domingo anterior ao dia 17 de junho, escolhida como data referência pelo projeto. 

Este ano as menções serão feitas no dia 11 de junho. Em Braga, o Arcebispo, D. José Cordeiro, convida toda a comunidade a destacar a importância do despertar da consciência e das atitudes cristãs moldadas pelo Espírito Santo.

O convite para que a data seja lembrada também foi encaminhado às várias conferências episcopais pelo mundo. Tendo em conta o período da pandemia, “queremos agora recomeçar e reavivar a lembrança e celebração do Dia da Consciência,  acentuando a sua ligação entre a corajosa decisão de Aristides de Sousa Mendes e a sua consciência cristã”, explicam os organizadores.

O comité tem celebrado esta data desde 2004, 50º aniversário da morte de Aristides de Sousa Mendes. Este ano dedicam a semana  de 11 a 17 de Junho, a um “despertar  de  consciências”, “num contexto de preparação para o Jornada Mundial da Juventude em agosto”.

Em junho de 2020, o Papa Francisco mencionou o “Dia da Consciência”, firmado no testemunho de Aristides e pediu “que a liberdade de consciência seja sempre e em toda parte respeitada; e que cada cristão possa dar exemplo de coerência com uma consciência reta e iluminada pela Palavra de Deus.”

Aristides de Sousa Mendes

Aristides de Sousa Mendes nasceu em Cabanas de Viriato, Portugal, em 19 de julho de 1885. Desempenhava as funções de cônsul de Bordeaux, na França, quando teve início a II Guerra Mundial. Concedeu cerca de trinta mil vistos para salvar a vida de refugiados do nazismo, a maioria judeus, contra as ordens expressas de Salazar.

Obrigado a voltar a Portugal, Sousa Mendes foi demitido do cargo e ficou na miséria, com a sua numerosa família. Faleceu pobre, em 3 de abril de 1954, no hospital dos franciscanos, em Lisboa.

Em 1966, foi reconhecido pelo instituto Yad Vashem, memorial dos mártires e heróis do Holocausto, como um “Justo entre as nações”. Em 1998, foi condecorado a título póstumo com a Cruz de Mérito pela República Portuguesa, por suas ações em Bordeaux.