Arquidiocese de Braga -
6 julho 2023
Bom Jesus festejou elevação a Basílica
DM - Francisco de Assis
Com missa no santuário e em várias igrejas da Arquidiocese de Braga
A igreja do Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, celebrou ontem oito anos de elevação à categoria de Basílica Menor. A festa fez-se no Bom Jesus, em várias igrejas da Arquidiocese de Braga, mas também em sintonia com a “Mãe de todas as igrejas”, ou seja, a igreja de São João de Latrão, a “paróquia” do Papa.
No Bom Jesus, a eucaristia solene foi celebrada pelo reitor, o cónego João Paulo Coelho Alves, que na sua homilia explicou o contexto da elevação da igreja do Bom Jesus à categoria de Basílica, por decisão do Papa Francisco.
Uma celebração que, além da festa em si, mostra a “sintonia e a comunhão com a mãe de todas as igrejas, ou seja, a igreja de São João de Latrão, a paróquia do Papa Francisco”, explicou.
O sacerdote lembrou que a proposta ao Santo Padre foi feita pela Confraria do Bom Jesus de Braga, em parceria com a Arquidiocese de Braga que, a partir desse altura, ganhou mais duas basílicas menores, na circunstância a basílica de São Bento da Porta Aberta, em Terras de Bouro; e São Torcato, em Guimarães.
O celebrante explicou ainda aos fiéis presentes que a Basílica maior de uma diocese é a sua Sé. Depois, há basílicas menores ou secundárias, que são elevadas a essa categoria por ser uma referência na sua diocese e no seu país. Referiu ainda que a terminologia “menor” não tem a ver com a dimensão, mas com a projeção ou notoriedade.
“É o caso da igreja do Bom Jesus, que é, indiscutivelmente uma referência na Arquidiocese de Braga e em todo o país”, garantiu o reitor, antes de mostrar que a projeção do Bom Jesus atingiu dimensão internacional, com a classificação do Santuário como Património Mundial da Humanidade.
Bom Jesus é a igreja que mais casamentos realiza em Portugal
O cónego João Paulo Coelho Alves precisou ainda que, um dos distintivos do Bom Jesus é quantidade de casamentos que ali se realizam.
“O Bom Jesus é a igreja que mais casamentos realiza em Portugal. E esta é uma marca distintiva da nossa Igreja”.
O reitor do Santuário do Bom Jesus salientou ainda que estas elevações, tanto da Igreja, como Basílica, como de todo o Santuário como Património da UNESCO, obrigou a muitos desafios, entre eles a harmonização dos horários aos diferentes públicos que afluem ao Bom Jesus: ou seja, os fiéis, os peregrinos e os turistas. “Um equilíbrio que até agora tem sido bem conseguido”, congratulou-se. “Tem que haver um mínimo de dignidade no templo. Afinal, é a Casa de Deus”, disse, lembrando o episódio da «fúria» de Jesus, que expulsou os vendilhões do templo.
Por isso, sentenciou o sacerdote, não se pode esquecer que o “maior templo, a basílica que Jesus mais gosta, é a «basílica humana, as pedras vivas, o templo do Espírito Santo”.
Ainda no que diz respeito aos desafios, o reitor falou da pandemia, que obrigou a engendrar uma estratégia para facilitar o funcionamento da igreja. “Felizmente, a nossa estratégia foi bem sucedida e copiada por igrejas de todo o país”.
Comemorações de Património da Unesco prosseguem amanhã e sábado
Entretanto, o Santuário está a comemorar os 4 anos da inscrição do Bom Jesus a Património da Humanidade.
Amanhã, a partir das 14h30, destaque para o colóquio “Património Mundial e a Paz”, a ter lugar no Hotel do Parque. O evento é organizado em parceria com a Rede do Património Mundial de Portugal e a Comissão Nacional da UNESCO.
Os bracarenses são convidados a participar nas iniciativas, que são públicas e gratuitas. O secretário geral da ONU, António Guterres enviou uma mensagem que vai ser divulgada a partir das 18h.
Diversas personalidades de Braga, nacionais e internacionais vão intervir.
No sábado, realiza-se o concerto de encerramento, nos escadórios do Bom Jesus, pelo Coro Académico da UMinho.
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