Arquidiocese de Braga -

1 setembro 2023

XXI DOMINGO DO TEMPO COMUM

Fotografia

Francisco Marcelino Monteiro Esteves

XXI Comum_ano A_Boletim de Padim da Graça nº 465_2023-08-27

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VIGÉSIMO PRIMEIRO DOMINGO, ANO A

Jesus Cristo lança-nos a questão decisiva: «Quem dizeis que Eu sou?». A resposta há de ser pessoal, há de brotar dos lábios em sintonia com as nossas ações. Mais do que uma afirmação do catecismo, a resposta é dada com a nossa vida.

Quem dizeis que Eu sou?

A dupla pergunta de Jesus Cristo representa uma espécie de inquérito sobre a sua identidade, tanto junto do povo como dos discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?»; «Vós, porém, quem dizeis que Eu sou?».

A opinião pública, que é dada a conhecer pela intervenção coral dos discípulos, identifica-o com figuras bíblicas: João Batista, Elias, Jeremias ou um dos profetas. A nomeação destes profetas antecipa o destino final de Jesus Cristo: como os outros, vai ser contestado e rejeitado pelo seu povo. Ainda assim, tal semelhança é insuficiente para expressar a identidade do «Filho do Homem».

A resposta de Simão Pedro, porta-voz do grupo, proclama aquilo que é mais específico da identidade e define a mais profunda fórmula de fé: «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo». É o Cristo, isto é, o Ungido ou o Messias prometido durante séculos, e também é o próprio Filho de Deus que se torna presente na história humana.

Enquanto as referências dadas pela opinião pública remetem para uma identidade relacionada com algumas personagens do passado, a resposta de Simão Pedro apoia-se na verdade sobre o presente e sobre o futuro da fé daqueles e de todos os discípulos, nós incluídos. É esta a nossa resposta à pergunta sobre quem é Jesus Cristo?!

Quem é Jesus Cristo para ti?

E tu, quem dizes que Eu sou?: é a pergunta que, hoje, nos faz Jesus Cristo. Não se trata de buscar a definição certa ou uma ideia, mais ou menos clara, retirada de um livro ou de um catecismo. Não é para dares a tua opinião ou apenas para dizeres que acreditas em Jesus Cristo. Dizer eu acredito pode ser pouco, quando se trata de viver à maneira do Mestre, pois isso é que faz de nós seus discípulos.

Como o Mestre, o discípulo não se pode limitar a dar catequeses sobre Deus, mas a tornar Deus presente na vida quotidiana, em especial junto dos mais pobres e dos marginalizados pela sociedade. Seguir Jesus Cristo, ser discípulos dele ou ser cristãos, implica ter a coragem de «arriscar a vida por aquilo que Ele apontou como sendo o segredo da felicidade ou, se preferirmos, como sendo a salvação: empenhar-se em prol da justiça, da paz, da tolerância e do bem das pessoas» (Paolo Scquizzato).

Convidados a «voltar juntos a Jesus, o Cristo», o tema desta ‘série’, para ser autêntica, a resposta precisa de mobilizar toda a nossa vida, no sentido de seguir o estilo de vida do Mestre, de modo a fazer nossa a missão de tornar visível a alegria do Evangelho, através das boas obras. Melhor do que fazê-lo sozinho, atreve-te a provocar três pessoas para formardes um pequeno grupo de Jesus, na certeza de que «irás viver uma aventura apaixonante, pois farás uma caminhada para consolidares a tua vida com mais fé e mais verdade em Jesus» (José Antonio Pagola).

 


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