Arquidiocese de Braga -
24 março 2024
Irmandade da Senhora das Dores agradece a admissão de novos Irmãos
DM - Rita Cunha
A Basílica dos Congregados acolheu cerimónia
A Irmandade de Nossa Senhora das Dores e de Santa Ana dos Congregados recebeu 26 novos Irmãos – quatro honorários e 22 ordinários – numa celebração que encheu, ao final da tarde de sexta-feira, dia 22, a Basílica dos Congregados.
O comendador Fernando Domingos Moreira Torres, Gaspar Barbosa Borges, Jorge Bruno Domingues Rodrigues e Manuel Rodrigues de Sá Serino são os novos Irmãos honorários, aos quais o Reitor da Basílica dos Congregados agradeceu o gesto solidário que permitiu efetuar as obras necessárias naquele templo religioso.
“Há um ano aproximava-se a Semana Santa e estávamos a concluir a colocação dos andaimes”, recordou o padre Paulo Terroso, vincando a necessidade desta intervenção, apesar dos constrangimentos causados. “As obras são sempre um incómodo, mas são urgentes e absolutamente necessárias. Se não tivéssemos dado início à reparação para estancar as infiltrações de água, a Basílica teria de ser fechada devido às inundações e teríamos perdido o órgão de tubos que também precisa de mecenas para ser reparado”, explicou.
A admissão destes quatro Irmãos honorários é, por isso, para o Reitor da Basílica dos Congregados, um “justo e necessário reconhecimento de gratidão” por parte da Irmandade e da comunidade “a quem deu o seu generoso contributo financeiro, que torna possível as obras em curso”.
Dirigindo-se aos empresários reconhecidos, o padre Paulo Terroso vincou o tanto que tem absorvido deste contacto. “Tenho aprendido muito convosco. Os empresários têm de encontrar soluções e é um prazer falar com estas pessoas que todos os dias movem também a economia do país porque estamos a falar de grandes empresas da nossa cidade”.
O Reitor lembrou ainda que, no que toca a solidariedade, “não basta ter, é preciso ter vontade de dar”, pelo que se estes novos Irmãos “estão a colaborar generosamente connosco e temos de agradecer e rezar por eles» porque «sem eles não era possível”. “Aos novos Irmãos, em meu nome pessoal e da Irmandade, quero manifestar a nossa alegria em terem aceite o nosso convite e receber-vos como Irmãos”, referiu.
Na sua intervenção no final da eucaristia celebrada pelo Arcebispo de Braga, o padre Paulo Terroso falou da vivência de uma Igreja sinodal samaritana, na qual “somos chamados a ser, a viver a sinodalidade nesta nossa comunidade dos Congregados e responsabilizarmos todos pelas opções”. “Isto significa não ficarmos à espera que o Reitor faça tudo ou mande fazer”. Por isso, apelou a uma participação ativa na “oferta e discussão de propostas, na elaboração das decisões e na realização das mesmas”. “Sinodalidade significa, na prática, exercitarmos a escuta recíproca para conhecer o que Deus quer realmente desta comunidade. Neste sentido, o que vos pedimos é que falem. Não permaneçam áfonos, mas sugiram, proponham, corrijam, exortem. Estaremos atentos mas sobretudo dispostos a escutar”, referiu, salientando a necessidade de, por vezes, «estar junto da Cruz e não desistir, não fugir e não abandonar, mas estar e permanecer».
Também o Arcebispo de Braga, momentos antes, na celebração da eucaristia, lembrou “a caridade faz sangue e cura feridas” e questionou quantos casos haverá, na Arquidiocese e na cidade, de violência doméstica, de maus tratos a crianças e idosos, de jovens à procura de emprego e felicidade, de pobreza escondida, de insultos e intrigas, de necessidades materiais e espirituais. “Quantas pessoas e famílias ficam feridas, quantas perdas de relacionamento e amizade mal curados? Quanta angústia sentida?”, questionou, vincando que “cada um de nós é chamado a servir sob pena de não servir para nada”. Porém, tal deve ser feito coletivamente pois “sozinhos não somos capazes de nada”.
Por fim, D. José Cordeiro desejou que as insígnias que os novos Irmãos se preparavam para receber aumentem o seu fervor e lhes facilitem o caminho da salvação eterna.
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