Arquidiocese de Braga -
27 abril 2024
Congresso de Espiritualidade evocou místicos da Arquidiocese de Braga

DM - Francisco de Assis
Frei Bernardo Vasconcelos, padre Abílio Correia, Alexandrina de Balasar e São Frei Bartolomeu dos Mártires foram tema do encontro
O Congresso Internacional de Espiritualidade, que termina hoje no Santuário do Bom Jesus, em Braga, evocou ontem, dia26, as virtudes e santidade de alguns dos santos, beatos e candidatos a santo da Arquidiocese de Braga. Num dia em que estiveram alguns dos altos responsáveis da Igreja Católica portuguesa em Braga, os diferentes oradores evocaram os exemplos e misticismo do jovem Bernardo de Vasconcelos, do padre Abílio Correia, de S. Frei Bartolomeu dos Mártires e de Alexandrina de Balasar.
Sob o lema “À procura do não-limite”, o evento proporcionou um melhor conhecimento sobre a espiritualidade, a vida e obra daqueles que são referência de santidade na Arquidiocese de Braga. Personalidades que em breve voltarão a ser evocadas e invocadas, mais precisamente no Congresso Eucarístico Nacional, que também se realiza em Braga de 31 de maio e 2 de junho próximos.
Na sessão de ontem estiveram, entre outros, D. José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa; e o padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima.
Aliás, os primeiros temas do dia foram sobre a “Espiritualidade de Fátima”, e as congregações que surgiram a partir da espiritualidade da Cova da Iria.
Um dos místicos invocados foi Frei Bernardo de Vasconcelos, candidato aos altares das igrejas. O conferencista foi o padre Mário Rui Fernandes Leite de Oliveira, do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, postulador de Frei Bernardo. E classificou o beato Bernardo de Vasconcelos como “uma alma nimbada de um místico esplendor”. Segundo o padre Mário Rui, Frei Bernardo conseguiu viver a santidade, a poesia e o amor, contrariamente à personagem de “Mónica”, personagem de Sophia de Mello Breyner, que para ser famosa teve que renunciar três coisas: a poesia, o amor e a santidade.
Na sua intervenção, o conferencista lembrou estas três facetas do místico natural de Corgo, Celorico de Basto. Referiu-se às trocas de correspondência com Teixeira de Pascoaes, que mostrou uma profunda admiração por Bernardo de Vasconcelos. A brasileira Clarice Lispctor também foi citada, como admiradora da obra poética de Bernardo, também apelidado de “Monge poeta”, que fez da cama, uma verdadeira «cátedra».
O padre Mário Rui terminou a sua intervenção com versos do livro “Cântico de Amor”, de Bernardo de Vasconcelos.
O conferencista acabou por não falar do padre Abílio Correia, outro místico da Arquidiocese de Braga, que está à espera de ir para o altar. O antigo pároco de São Mamede d’Este, natural de Padim da Graça, é lembrado como aquele que se “apaixonou pelo pobre sacrário e pelo majestoso Senhor”. O seu amor pela adoração contagiou Braga, a região e o país.
A beata Alexandrina de Balasar, Póvoa de Varzim, foi tema da conferência de Paulo Alexandre Freire, da Universidade Católica do Porto. Falou da “Mística da Cruz em Alexandrina”, sublinhando a espiritualidade e devoção ao Santíssimo.
O cónego José Paulo Abreu, do Instituto de História e Arte Cristãs (IHAC) falou de S. Frei Bartolomeu dos Mártires.
“Obrigado” a resumir a sua intervenção, por limitações do tempo, o deão da Sé de Braga abordou as inúmeras facetas do Arcebispo Santo, da Arquidiocese de Braga, em nove pontos.
Desde o nascimento da vocação, passando pela Arquidiocese de Braga, o seu ímpeto reformista e formadora, o seu sacrifício para cumprir com as suas obrigações como pastor. Como teólogo e professor, foi admirado por papas, bispos e reis.
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