Arquidiocese de Braga -

14 junho 2024

Vila de S. Torcato dedica Romaria Grande ao santinho do povo

Fotografia DR

DM

Festa das festas entre 5 e 7 de julho

A Romaria Grande de S. Torcato, uma das maiores festas populares do concelho de Guimarães e da região do Minho, considerada “a festa das festas”, está de regresso nos dias 5, 6 e 7 de julho, assinalando, desta forma, a trasladação do corpo do santo mártir, em 1852, para a Basílica de S. Torcato.

A pequena vila de S. Torcato ostenta com orgulho o título de Rainha da Cultura Popular de Guimarães e tem na Romaria Grande o seu mais afamado cartaz, que rivaliza com os maiores do Minho, inteiramente dedicado ao “santinho do povo”.  A Irmandade responsável pela festa apresenta-se com um resumo emblemático da sua importância: “oito séculos de uma história, sempre, ao serviço do Santo do Povo”. 

Assim, na apresentação do programa da Romaria Grande, o juiz da Irmandade de S. Torcato, Paulo Novais, fez questão de sublinhar “a importância desta tradição com 172 anos”, realçando que “é muito mais do que uma simples romaria, é um momento muito especial onde milhares e milhares de pessoas convergem para S. Torcato, naquele que é o momento mais importante da Irmandade S. Torcato”. 

Com efeito, tal como assinalam os materiais de divulgação, “os caminhos que conduzem os peregrinos à Basílica no centro do vale de São Torcato não se conseguem medir, pois foram estes pisados ainda antes da criação do Reino de Portugal. São caminhos não de distância nem de tempo, mas de fé e de contemplação –  são caminhos imateriais sulcados por uma força ancestral”. 

E o programa volta a ter nos momentos religiosos os pontos altos, com a missa dominical e a solene procissão, pelas 18h, mas sem esquecer a vertente popular, com presença obrigatória dos «famosos» Grupo Folclórico de S. Torcato e Grupo Folclórico da Corredoura. O arraial de sexta-feira será animado pelo grupo Musiminho, seguido de DJ's, enquanto o sábado à noite será animado pelos Santamaria, bem como as majestosas sessões de fogo de artifício. Tudo sem esquecer o festival de bolo com sardinhas, recuperando a tradição de preparação nos fornos de lenha  do terreiro.

Na apresentação,  o vereador da Cultura da Câmara de Guimarães, Paulo Lopes Silva, realçou que “esta romaria é, essencialmente, parte do património imaterial do nosso concelho e uma peça de património completamente viva, quer do ponto de vista lúdico e recreativo, quer do ponto de vista religioso, que tem uma ambição muito saudável e de louvar para que seja abrangente e plural”.  Mais uma vez, “a fé em S.Torcato, é o suporte de toda esta festividade”, concluiu o capelão Valentim Gonçalves.


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