Arquidiocese de Braga -
1 agosto 2024
D. Américo Aguiar diz que sementes plantadas na JMJ Lisboa 2023 vão germinar ao longo do tempo
DM - Jorge Oliveira
Um ano depois, ex-presidente da Fundação JMJ fala dos efeitos do grande encontro da juventude com o Papa em Lisboa
O cardeal D. Américo Aguiar está plenamente convicto de que a Jornada Mundial da Juventude de 2023 e o encontro do Papa Francisco com os jovens em Lisboa marcaram e deixaram “sementes” que já estão a germinar.
Em entrevista ao Departamento da Comunicação Social da Arquidiocese de Braga, volvido um ano deste grande acontecimento da Igreja Católica, que juntou na capital portuguesa cerca de um milhão e 500 mil jovens, o ex-presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 e atual bispo da Diocese de Setúbal refere a mensagem deixada pelo Papa nas Jornadas está bem presente e que os efeitos deste evento serão percebidos ao longo do tempo, à medida que as “sementes plantadas no coração dos jovens” germinem e se manifestem nas suas vidas.
“Talvez daqui a alguns anos, quando as pessoas fizerem as suas memórias ou os relatos das suas vidas, vão dizer: eu decidi casar na jornada. Eu decidi ir para o seminário na jornada. Eu decidi uma vida missionária na jornada. Eu decidi fazer a paz na minha família por causa da jornada”, disse.
D. Américo Aguiar destacou o impacto global da JMJ, sublinhando que as reflexões do Papa chegaram a todo o mundo como sinal de esperança, de comunhão e inclusão.
“A jornada marcou e os discursos do Papa marcaram. Vamos aos quatro cantos do mundo e ouvimos sempre a citação de ‘todos, todos, todos’”, notou.
Defendeu que a verdadeira transformação ocorre no coração de cada um, sem pressa para avaliações imediatas, e destacou a necessidade de olhar o futuro, tendo presente aqueles que são os sonhos de Deus para a juventude e a humanidade.
Citando os autores Teixeira de Pascoaes (de Amarante) e Sebastião da Gama (de Setúbal), D. Américo aludiu para a importância de cultivar “saudades do futuro” e de manter a esperança e determinação para enfrentar os desafios globais, como a guerra, a fome e as alterações climáticas.
“Temos que preparar o nosso coração e a nossa vida para estarmos sempre nesse modo de ter saudades do futuro e não, propriamente, saudades do passado. Isso não é saudável”, defendeu, a propósitos dos desafios no pós-Jornadas.
Na entrevista, conduzida pela jornalista Renata Rodrigues, na Colina do Encontro, no Parque Eduardo VII - um dos sítios centrais onde o Papa se encontrou com jovens de todo o mundo - o prelado, que foi criado cardeal depois da JMJ Lisboa 2023, começou por confessar que ainda não teve oportunidade para rever os vídeos dos principais momentos da Jornada, evento que foi seguido por mais de 500 milhões de lares em todo o mundo através das mais diversas plataformas de comunicação.
“Estar aqui hoje, neste local, um ano depois, com esta serenidade, com esta paz, só nos leva a ser muito agradecidos a Deus”, disse.
D. Américo Aguiar destacou ainda que a missão da Igreja é incluir todos, no anúncio do Evangelho, sem exclusões, e encorajou a uma igreja de “braços abertos, pronta para acolher e converter cada coração ao encontro com Cristo”.
Gratidão pelo empenho e dedicação da Arquidiocese de Braga
D. Américo Aguiar expressou gratidão pelo sucesso da JMJ Lisboa 2023 e pelo trabalho de todas as dioceses, citando em particular a Arquidiocese de Braga.
“Agradecemos muito o empenho e a dedicação da equipa da Pastoral da Juventude de Braga e do Comité Organizador Diocesano de Braga na altura capitaneado por Alberto Gonçalves. Todo o sucesso e retorno que a Jornada Mundial da Juventude teve efetivamente, teve como base o trabalho, o empenho e a dedicação de cada uma das dioceses”, destacou.
O ex-presidente da Fundação da JMJ Lisboa 2023 expressou ainda um agradecimento ao Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, pelo “apoio muito importante, a dedicação e a força e a juventude que imprimiu em todos os processos”.
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