Arquidiocese de Braga -
9 setembro 2024
Cristãos chamados a construir a esperança num mundo deprimido por várias guerras
DM - Joaquim Martins Fernandes
D. Delfim Gomes, Bispo Auxiliar da Arquidiocese, apontou a Penha como um farol de esperança para mundo atual
Construir esperança para «um mundo cinzento» e que se encontra deprimido por várias guerras. É o «grande desafio» que se coloca hoje aos cristãos, que são chamados a «testemunhar com coragem» e «com obras» o «amor de Deus» que faz «renascer» a humanidade. A exortação foi deixada ontem na peregrinação à Penha pelo Bispo Auxiliar de Braga, D. Delfim Gomes. A caminhada de fé mobilizou para o santuário mariano da “cidade-berço” muitos milhares de fiéis, o secretário de Estado Adjunto e da Presidência, o Executivo Municipal e os deputados de Guimarães na Assembleia da República.
Os muitos milhares de peregrinos que ontem participaram na 131.ª Peregrinação Arciprestal ao Santuário de Nossa Senhora do Carmo da Penha, em Guimarães, foram ontem recebidos com uma mensagem de esperança do Bispo Auxiliar de Braga. Na homilia que partilhou na missa campal que se seguiu à chegada dos milhares de peregrinos ao Santuário de Nossa Senhora do Carmo da Penha – a caminhada de fé de quase três saiu da igreja da Real Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira em direção ao ponto mais alto de Guimarães –, D. Delfim Gomes abriu a porta à esperança na construção de um mundo «mais justo» e «mais fraterno», onde «todos são acolhidos pelo amor Deus».
«Neste santuário muito belo da Mãe de Deus, que foi o primeiro sacrário do mundo do Santíssimo Sacramento, encontramos na Mãe de Deus e nossa Mãe o conforto da esperança para o mundo», disse o Prelado bracarense, para sublinhar que os cristãos são hoje não apenas chamados «a ser testemunhos da esperança», mas também a «serem capazes de amar os outros e o mundo, mesmo quando parece que o amor perdeu as suas razões». É que «uma peregrinação é uma caminhada para o encontro com Jesus Cristo ressuscitado», que compromete cada peregrino com «o compromisso» da construção de um mundo que seja «casa de família e onde todos os filhos são acolhidos, queridos e amados».
Fazer do mundo a casa da família
D. Delfim Gomes deixou no mais importante santuário mariano do Arciprestado de Guimarães e Vizela a mensagem de que «precisamos de um mundo» que garanta ao ser humano os valores edificados a partir do «amor de Deus aos homens», especialmente «nesta época cinzenta que estamos a viver» e que torna a «esperança necessária perante a dor de tantos irmãos que vivem os dramas da guerra».
«Mesmo quando nos sentimos impotentes perante o sentimento de que a guerra não vai acabar, é preciso termos a coragem da esperança e da capacidade do amor de Jesus para curar o homem inteiro», encorajou o Bispo Auxiliar de Braga, que também convocou para a causa da construção da esperança no mundo o poder político nacional e regional que se fez representar na peregrinação à Penha.
Sublinhou D. Delfim Gomes que a esperança «não pode ser um simples conceito», mas «testemunho concreto do amor Deus», para quem «todos são filhos prediletos».
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