Arquidiocese de Braga -

14 outubro 2024

"Viver a Eucaristia como a Beata Alexandrina não pode deixar ninguém igual"

Fotografia DM

DM - José Carlos Ferreira

O Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, disse, no último domingo, durante a Festa e Peregrinação da Beata Alexandrina de Balasar que, “participar na Eucaristia, e viver a Eucaristia à maneira de Alexandrina Maria não nos pode deixar igual”.

Na homilia da Eucaristia, um dos momentos altos desta peregrinação, D. José sublinhou que, “cada vez que vimos à Eucaristia temos de sair transformados”. “Se saímos igual ao que entramos é porque não deixamos que o Senhor nos transforme. A Palavra de Deus que escutámos não nos tocou, o silêncio que experimentámos só nos incomodou, o cântico que fizemos não surtiu efeito, porventura a Comunhão Sacramental que fizemos também não nos alimentou a esperança e voltámos para a rotina e para  o quotidiano sem este compromisso fraterno, social, humano. E, se isso não acontece é porque não permitimos que o nosso coração seja abrasado como foi o coração de Alexandrina”, salientou.

Para o prelado, “celebrar e e viver a Eucaristia é desejar ir pelo mundo ao encontro dos que mais precisam para lhes levar o amor de Cristo por cada um de nós”. “A Alexandrina fez mais a partir da cama do seu quarto do que, porventura muitos pregadores, muitos bispos, muitos padres ou missionários”, acrescentou.

Para D. José Cordeiro, “cada cristão, a nível pessoal, ou melhor, em família e na comunidade cristã pode rezar com a simplicidade e a alegria do coração”, uma vez que, “a família, por ser “Igreja doméstica” é escola de oração”. 

Na sua homilia, o Arcebispo Metropolita de Braga, referindo-se ao Evangelho que narrou o encontro de Jesus com o jovem rico, disse que este jovem, que não teve o coração livre para seguir Jesus por estar demasiado agarrado aos bens materiais, deve ter continuado a sua vida a ser bom, a ser muito religioso, “como a maioria dos crentes”. “Cumprem os mandamentos, vivem, de certa maneira, os sacramentos, mas são poucos aqueles que se decidem radicalmente, desde a raiz do seu coração, no seguimento de Jesus”, salientou, realçando que, “Jesus propõe deixar tudo para receber tudo”, sendo “poucos os sábios que entendem isto”. Encontrando-se no Santuário Eucarístico, D. José Cordeiro lembrou como a Beat Alexandrina de Balazar “amava a Eucaristia, procurando uma união íntima com Jesus Sacramentado”. O prelado citou mesmo parte da autobiografia da Beata Alexadrina que escreveu: “Ó meu querido Jesus, eu me uno em espírito neste momento e desde este momento para sempre a todas as santas Hóstias da Terra em todos os lugares onde habitais sacramentado. Aí quero passar todos os momentos da minha vida (...) sempre a consolar-Vos, a adorar-Vos, a amar-Vos, a louvar-Vos e a glorificar-Vos!”.

O Arcebispo Metropolita de Braga sublinho depois algumas das conclusões do 5.º Congresso Eucarístico Nacional, que decorreu em Braga, onde se afirmou a necessidade de “reforçar a Eucaristia como escola da fraternidade e sacramento de unidade”, e que “a Eucaristia convoca todos, está aberta a todos e não afasta ninguém”. “A Eucaristia dá-nos a força de Cristo para curarmos o mundo”, disse D. José Cordeiro.



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