Arquidiocese de Braga -

24 outubro 2024

Arcebispo preside à Eucaristia que abre a Assembleia Diocesana da LOC/MTC

Fotografia DR

DM - Joaquim Martins Fernandes

A Assembleia Diocesana da Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) arranca às 9h15 do próximo sábado, dia 26 de outubro, com a celebração de uma Eucaristia na Capela da Imaculada, presidida pelo Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro.

Os trabalhos do plenário diocesano da organização começam às 10h30, na Sala Emaús do Centro Pastoral. Para as 11h fica a avaliação do trabalho desenvolvido ao longo do ano que finda. Ainda antes do almoço será feita a apresentação do relatório de atividades e contas do exercício, bem como do Plano de Atividades e Orçamento.

A Assembleia Diocesana é retomada após o almoço com a eleição dos coordenadores/as diocesanos/as. A reflexão sobre o trabalho desenvolvido pelos grupos e a definição do Plano de Ação e do Plano de Atividades “Ide Cuidar, Dignificar e Expandir” vai ocorrer às 15h30, ficando para as 17h30 a apresentação do comunicado final da Assembleia. 

Plano de Ação da LOC/MTC de Braga foca-se no trabalho digno e na habitação 

Movimento dos Trabalhadores Cristãos da diocese de Braga elege a luta pelo trabalho digno e pelo direito à habitação como pontos centrais do seu Plano de Ação de para o ano 2024/2025. O documento, que vai ser apresentado na Assembleia Diocesana do neste sábado, 26, promete uma atenção especial da organização às mais variadas formas de exploração da pessoa humana e a promoção de “uma nova dinâmica” na relação da humanidade com a “Casa Comum”.

O ponto de partida da LOC/MTC da Arquidiocese de Braga é o sentimento do agravamento das diversas realidades que afetam a vida humana, em áreas que vão do trabalho à saúde, da habitação à família, das migrações à urgência ecológica. Ao quadro pessimista que resulta da análise à situação atual das “realidades mais marcantes” da vida de todos os dias, a LOC/MTC contrapõe “a esperança” que é potenciada pelo Jubileu de 2025. 

“O próximo ano é um ano muito importante na vida dos militantes da LOC/MTC, não só porque é o Ano Santo, desta vez sobre a Esperança – ‘A Esperança não engana’ – como também é o ano de congresso do Movimento, que terá como título ‘Evangelizar dignificando o mundo do trabalho’, afirma o Plano de Ação para 2024-2025, que compromete a organização com as ‘linhas orientadoras do movimento nacional: Dignificar o Trabalho, Cuidar da Casa Comum’”. 

O compromisso é responder “aos desafios” da realidade da região. “O novo ano que agora iniciamos, demonstra a importância da LOC/MTC no mundo trabalho e de tudo o que a ele está ligado, como os trabalhadores, as reformas, os acidentes de trabalho, as famílias e as pessoas idosas”, refere o Plano de Ação a votar no plenário diocesano do próximo sábado, dia 26 de outubro.

Defender valores

Assumindo a sua missão evangelizadora, o documento deixa claro o que pretendem os membros da LOC/MTC de Braga. “Queremos ser testemunhas do Evangelho nas fábricas, nos escritórios, na prestação de serviços e cuidados, na proximidade com os vizinhos, na participação e na intervenção nas associações, nos sindicatos, nas autarquias; queremos implicar os nossos grupos de base num constante ver, julgar e agir, acreditando implicitamente que Deus, está connosco, caminha connosco e ajuda-nos a desbravar caminhos novos”.

Com a certeza de que “vivemos tempos de mudanças bem significativas na vida das pessoas e na sociedade”, a LOC/MTC destaca que “apesar das injustiças sociais, queremos privilegiar sempre a convicção de que somos  anunciadores da esperança, da fé nas pessoas que fazem o mundo onde vivem e que podem ser melhores”. E porque “a pessoa humana continua a ser vista como um objeto de produção que vende o seu trabalho a baixo preço, ser militante [da LOC/MTC] exige combater o individualismo muito acentuado nas redes sociais”. 

Maior colaboração com as autarquias 

Certo de que “a bondade contagia e faz contraponto”, o Plano de Ação para 2024-2025 aponta à promoção da “sustentabilidade dos territórios” e à “articulação entre os centros urbanos, o interior e as aldeias”.

“As causas e consequências das situações que vivemos devem apontar para o que é possível e necessário mudar nos estilos de vida, na organização do trabalho, no valor da saúde, da educação, da cultura, dos tempos livres e do associativismo, sobretudo as organizações sindicais”, destaca o Plano.

O documento promete “maior atenção” da LOC/MTC “às periferias” e “mais participação na vida dos municípios que já desenvolvem políticas de defesa da ‘Casa Comum’ e da dignidade laboral” e maior compromisso com “as freguesias qualificadas com ‘bandeiras verdes’ e que apostam no desenvolvimento sustentável, bem como daqueles que ainda não acordaram para esta realidade”.