Arquidiocese de Braga -

6 janeiro 2025

Priscos e Braga «ganham muito» com o Presépio ao Vivo

Fotografia DM

José Carlos Ferreira - DM

O padre João Torres tem acompanhado de perto as vivências do presépio

O pároco de Priscos não tem dúvidas que, com a realização do Presépio ao Vivo e o número de pessoas que esta iniciativa atrai, não é só esta freguesia que ganha, mas também a cidade de Braga e a sua economia local. 

Segundo o padre João Torres, estes dias têm sido de verdadeira azáfama para «acolher todas as pessoas da melhor forma», fazer cumprir «as normas de segurança». «Estas pessoas que vêm a Priscos também vão à cidade. Estou-me a lembrar que muitos vão à Sé de Braga, vão ao Bom Jesus, vão ao Sameiro, muitos pernoitam na cidade, comem nos restaurantes. Não é só Priscos que ganha com estas visitas. Eu creio que a cidade também ganha muito. Braga ganha muito com estas pessoas», disse.

Tendo este ano sido escolhido o tema da inclusão dos migrantes e minorias para o Presépio de Priscos, o sacerdote afirma que muitos visitante são, precisamente, imigrantes que souberam da iniciativa pela comunicação social. «Temos tido bastantes pessoas que, dadas aquelas temáticas que vão saindo nos meios de comunicação social, sentem-se muito bem acolhidos ao visitar este projeto. Há pouco tempo encontrei aqui gente da Índia, do Bangladesh, muitos do Brasil, muitos de Espanha, que não propriamente imigrantes, mas nossos irmãos. Todos saem daqui completamente impressionados», garante.

Segundo o padre João Torres, quem visita o Presépio de Priscos leva sempre consigo uma mensagem. «A própria exposição que temos no início do presépio transmite uma mensagem. No ambiente da gruta tentámos ter casais oriundos de outros países, nomeadamente de África até para impressionar as pessoas para que reflitam sobre como é quenós podermos criar um Menino Jesus africano. Eu digo às pessoas que o Menino Jesus não era europeu. Esta forma de ver o outro de um lado diferente é algo que nós ainda temos que continuar a aprender», disse. Questionado sobre a proposta de amnistia para os presos pelo Bispo de Setúbal, o pároco de Priscos sustentou que ela deveria ser enquadrada pela Conferência Episcopal Portuguesa. Para o sacerdote, antes de pedir perdão para os reclusos, «teríamos que avaliar como é que está o nosso sistema prisional português». Há uns anos juntaram o Instituto de Reinserção Social com os Serviços Prisionais. Isso foi bem feito? Quem é que avaliou», questionou.