Arquidiocese de Braga -
9 janeiro 2025
Novo arcipreste de Braga quer promover a união
DM - José Carlos Ferreira
Padre João Torres diz assumir a missão de serviço, escuta e proximidade
O padre João Torres tomou ontem de manhã posse do cargo de arcipreste de Braga, sucedendo ao padre Rui Sousa.
Ao Diário do Minho, o sacerdote disse que, mais de que um cargo, “este é um compromisso com Deus, com cada pessoa das comunidades, com cada sacerdote do nosso arciprestado”. “A minha principal missão será promover a unidade entre as paróquias, animar os sacerdotes e os agentes pastorais no seu trabalho”, acrescentou.
O novo arcipreste reconhece que há muitos padres cansados, com sobrecarga de trabalho, sendo necessário agir para que eles se sintam bem. “Quero que juntos sejamos uma Igreja viva, que testemunha o amor de Cristo de uma forma concreta e eficaz, que saibamos cada vez mais acolher e incluir todos, e estarmos também atentos às necessidades de todos, especialmente dos mais vulneráveis”, salientou.
O padre João Torres disse ainda contar com todos na construção de comunidades mais unidas, solidárias e mais comprometidas com o Evangelho. O Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, considerou que dos 13 arciprestados da Arquidiocese, o de Braga deverá ser o “mais desafiante”. “Porque há muita proximidade física, e não só, com os serviços centrais da Arquidiocese e, às vezes, isso pode dificultar a ação concreta no arciprestado no seu todo, nas zonas pastorais. Mas, isso será bom também em ambiente desta sinodalidade, num processo de diálogo, de escuta, de reconciliação e esperança”, disse D. José.
Para o prelado, os “arciprestados maiores, do chamado quadrilátero, de Braga, Famalicão, Guimarães e Barcelos, têm as chamadas zonas pastorais que podem facilitar o trabalho mais de proximidade”. “Mas, nunca se deve perder o todo e, se calhar, esta é a ocasião de aumentar o número de encontros, ou de encontrar outra forma de reconfiguração pastoral e da vivência da fraternidade sacerdotal”, acrescentou.
Por fim, o padre Rui Sousa, que agora cessou a função de Arcipreste de Braga, confessou que ter sido a inércia que o levou a pensar se seria a pessoa certa para esta missão. “Não é o problema do serviço, da responsabilidade, porque o trabalho faz-se. Aquilo que noto é que, às vezes, a pessoa certa, no lugar errado, é inútil. E foi isto que o Espírito Santo e eu rezámos ao longo dos últimos meses, e que me levou a tomar perante a especificidade do nosso arciprestado esta decisão. O arcebispo, embora não concordando, aceitou, e agradeço esta honestidade”, revelou o sacerdote. No final, tomaram posse o novo arcipreste, o padre João Torres, e o vice-arcipreste o padre Sérgio Torres, que continua no cargo.
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