Arquidiocese de Braga -

19 janeiro 2025

Visita promovida pela Pastoral da Cultura encheu Sé de gente com vontade de conhecer

Fotografia DM

DM - José Carlos Ferreira

Iniciativa decorreu ontem à tarde e a próxima será na cidade do Porto

A visita à Sé promovida pela Pastoral da Cultura da Arquidiocese de Braga levou ontem centenas de pessoas com vontade de conhecer a catedral mais antiga do país.

A organização mostrou-se mesmo satisfeita com a adesão que esta visita conseguiu alcançar, reunindo pessoas que encheram a Sé. Ao Diário do Minho, o responsável da Pastoral da Cultura da Arquidiocese de Braga, o Cónego Eduardo Duque, explicou que o grande objetivo desta atividade foi ajudar a aprender a ler a arte, “de forma a levar as pessoas a perceberem a beleza estética, as dinâmicas, as diferentes expressões da cultura e, de forma muito particular da cultura da arte sacra”. “Ou seja, a arte em si  tem várias dimensões. Tem uma dimensão histórico-narrativa, porque baseia-se em factos, documentos. Depois, temos uma outra dimensão chamada exortativa, isto é, ela exorta a virtude de determinadas pessoas para que nó, através do exemplo, possamos ver e reproduzir esses exemplos. A arte tem também uma dimensão simbólica”, explicou o Cónego Eduardo Duque. 

Assim, salientou, esta iniciativa, que terá mais sessões, visa ajudar a “dar pautas de leitura às pessoas para que elas possam, liturgicamente, viver melhor os momentos que são dados quando vêm à Eucaristia, quando vêm a uma celebração” Caso contrário, sustentou o sacerdote, “as pessoas deixam de ter uma gramática para conseguir ler aquilo que têm diante dos seus olhos”. 

A iniciativa teve o contributo de Fernanda Ferreira e José Rodrigues, que falaram sobre a Sé e os órgãos da Sé. Entretanto, a Pastoral da Cultura Arquidiocesana de Braga já está a preparar nova visita. Segundo revelou o Cónego Eduardo Duque, a próxima tem como destino o Porto, com visitas à Sé, aos Clérigos e a Santa Clara. «São três sítios maravilhosos, com uma história brutal, e que é muito importante nós percebermos a beleza dos lugares. Ou seja, a ideia é olhar para o lugar de cultura, que são estes espaços, mas não ficar somente aí. Aquilo que hoje está a acontecer é que as pessoas, turisticamente, entram apreciam a beleza do lugar, mas não lêem aquilo com olhos de fé”, salientou.