Arquidiocese de Braga -

23 janeiro 2025

“Comunicação está no centro da construção de pontes e do testemunho da verdade”

Fotografia Avelino Lima

DM - José Carlos Ferreira

O diretor do Departamento de Comunicação da Arquidiocese de Braga e administrador do Diário do Minho, padre Paulo Terroso, defende que a “comunicação está no centro da construção de pontes e do testemunho da verdade”.

Para o padre Paulo, estes são valores de grande importância neste momento em que se vai realizar, do dia 24 até o dia 26 de janeiro, em Roma, o Jubileu do Mundo das Comunicações, o primeiro encontro jubileu dos 36 integrados no Ano Jubilar.

“Estes são valores fundamentais para a renovação do mundo tão fragmentado, e com questões muito sérias sobre aquilo que é a verdade, sobre os factos, sobre as narrativas que são construídas, até o próprio mau uso da Inteligência Artificial”, salientou. Para o sacerdote, não será por acaso que o Papa Francisco terá escolhido a comunicação social para abrir os encontros jubilares que se vão realizar ao longo do Ano Jubilar. “Eu creio que há uma intencionalidade que vai para além desta coincidência feliz de amanhã, dia 24 de janeiro, celebrarmos o padroeiro dos jornalistas, que é S. Francisco de Sales”, salientou.

O diretor do Departamento de Comunicação da Arquidiocese de Braga lembra que o Papa Francisco tem uma relação muito especial com os jornalistas e com a comunicação social desde o início do seu Pontificado. Exemplo disso mesmo, disse, foi o facto do primeiro encontro que Papa Francisco teve, depois da sua apresentação na varanda com a bênção “Urbi et Orbi” e da audiência com os cardeais, foi, precisamente, com os jornalistas. “Creio, até, que terá sido o primeiro Papa a encontrar-se com os jornalistas depois do conclave, agradecendo o seu trabalho”, acrescentou.

Na abertura deste encontro em Roma, que reúne jornalistas de todo o mundo, estando Portugal representado por uma delegação de cerca de 40 elementos, o Papa Francisco dá a conhecer a mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que tem por tema central “Partilhai com mansidão a esperança que está nos vossos corações”, onde alerta contra discursos de ódio, lamentando a violência na comunicação. 

“Eu creio que o Papa Francisco está a dizer-nos algo fundamental, que há falta de esperança no mundo, que há muita gente desesperada”, sustenta. Segundo vinca o padre Paulo Terroso, “a esperança no sentido cristão não é um otimismo fácil. É uma virtude teologal, ou seja, é dom de Deus. Para nós, cristãos, é-nos dada a partir do Baptismo. É esta certeza e confiança de que Deus está presente na vida da história e que Jesus Cristo é princípio e fim da história da humanidade. O Papa quer dizer-nos não tenham medo, confiem e trabalhemos pelo futuro do mundo. Não se fiquem pelo que parece mais evidente e mais óbvio”, salientou. Se o jornalista, na sua missão de informar, cumprir o seu código deontológico, “já está a ser um semeador de esperança”, realçou.