Arquidiocese de Braga -
6 dezembro 2025
Arquidiocese de Braga convida a participar em projetos de voluntariado missionário
DM - Rita Cunha
Estão abertas desde ontem e ao longo deste mês de dezembro, as inscrições para a Formação Arquidiocesana de Voluntariado Missionário para projetos de cooperação missionária a decorrerem no próximo ano na Guiné-Bissau e Moçambique.
Segundo deu nota Sara Poças, coordenadora do Centro Missionário da Arquidiocese de Braga (CMAB), ontem, durante uma sessão que serviu para apresentar a edição de 2026, esta iniciativa do Centro Missionário da Arquidiocese de Braga, Pastoral Juvenil, Pastoral Universitária e Pastoral Vocacional visa formar voluntários para os projetos de voluntariado missionário da Arquidiocese de Braga. Trata-se de projetos de voluntariado missionário, o que significa que, para além do serviço humano, social e comunitário, incluem também uma dimensão pastoral e espiritual.
A formação decorre entre os meses de janeiro e inícios de junho, por norma aos sábados, com uma periodicidade variável, mas por norma quinzenal. Os temas incluem uma «parte mais geral de voluntariado para a cooperação», onde é explicado o que é o voluntariado, o que é cooperação para o desenvolvimento, mas também «assuntos mais específicos e culturais», nomeadamente acerca de Moçambique, da Diocese a integrar, e da Guiné-Bissau. Contempla igualmente uma componente de formação espiritual e missionária em que é abordado o que é o voluntariado missionário, o que é que o diferencia do voluntariado civil, o que é a missão desenvolvimento humano e da identidade do cristão, a doutrina missionária da igreja, a doutrina social».
Sara Poças deu ainda nota de «algumas questões que se relacionam com a formação pessoal e vida em grupo». Segundo explicou a responsável, esta formação «pretende ser um caminho de discernimento para quem vai partir em missão, em que a pessoa vai -se confrontando com a realidade através de testemunhos, de partilhas das atividades da formação, e vai percebendo se realmente se enquadra ou não neste contexto», podendo depois optar por partir em missão ou não.
Sara Poças informou os presentes que as inscrições decorrem ao longo deste mês, podendo os interessados contactar o o Centro Missionário da Arquidiocese de Braga para esclarecer dúvidas. No início de janeiro haverá uma sessão, à partida ‘online’, para o esclarecimento de dúvidas mais práticas e gerais. Em meados de janeiro tem início a formação, onde serão discutidos temas mais concretos relacionados com a missão, nomeadamente a questão de angariação de fundos para a missão em Guiné-Bissau, assim como assuntos sobre segurança.
Na sessão, o Arcebispo de Braga começou por enaltecer a articulação entre as várias pastorais da Arquidiocese de Braga – o Centro Missionário da Arquidiocese de Braga (CMAB), a Pastoral Juvenil, a Pastoral Universitária e a Pastoral Vocacional – no sentido de dar seguimento ao caminho sinodal.
Na sua intervenção, D. José Cordeiro explicou como surgiu este projeto e a sua relação a uma visita recente que fez à Diocese de Bafatá, localizada na Guiné-Bissau. «Esta foi uma necessidade sentida ali. Foi um pedido daquela comunidade esta possibilidade de umas férias missionárias com os jovens universitários até porque também já há uma relação da Universidade do Minho com a Guiné-Bissau, e noutra relação que poderia haver esta possibilidade de, na área da educação ou da saúde, podermos ser uma presença. Mas, mais do que isso, proporcionar aos jovens que assim o quisessem esta experiência missionária num país irmão onde a Igreja Católica é minoria mas que é uma referência em tantas situações e concretamente na educação e na saúde», esclareceu, salientando a importância do «desafio» de «sairmos de nós próprios e ir ao encontro dos outros e, também, de acolhermos quem possa vir da Guiné-Bissau».
A sessão contou com alguns testemunhos, entre eles o de Fátima Correia, que destacou o lado bom de partir em missão e ajudar o próximo. «Não vamos mudar o mundo, mas mudamos os mundos de outras pessoas», referiu, na ocasião.
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