Arquidiocese de Braga -

18 fevereiro 2016

Tive um sonho?

Fotografia DCAB

CMAB

Pe. Jorge Vilaça, assistente do CMAB

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1. Um sonho, sem fronteiras (mas com datas, nomes e lugares)

a) 07/11/2003: partem para Pemba, Moçambique, dois padres diocesanos enviados pela Arquidiocese de Braga.

b) Setembro de 2005: D. Jorge Ortiga visita a Diocese de Pemba.

c) 17/06/2010: os Bispos de Portugal publicam um documento sobre “Um rosto missionário da Igreja em Portugal”.

d) 06/11/2010: nasce o Centro Missionário da Arquidiocese de Braga (CMAB)

e) 01/10/2012: D. Jorge Ortiga, manifesta publicamente o seu “sonho” de irmanar missionariamente uma paróquia extraterritorial.

f) 2013: em Braga, os Conselhos Pastoral e Presbiteral Arquidiocesanos assumem pareceres positivos unânimes quanto ao “sonho” do Senhor Arcebispo.

g) Setembro de 2013: D. Luiz Lisboa, Bispo de Pemba, visita Braga.

h) Início de 2014: Braga assegurou parte do contributo penitencial quaresmal para um projecto em Pemba.

i) 27 de Outubro de 2014: assinatura de protocolo de cooperação missionária entre as duas dioceses. Na mesma altura, o CMAB cria o grupo de trabalho “Salama” para operacionalizar esta mesma cooperação.

j) 2015: Braga assegurou parte do contributo penitencial quaresmal para a cooperação missionária com Pemba.

k) Abril de 2015: envio a Pemba de uma equipa (padre, assistente social, enfermeira e investigadora na área da cooperação) para uma primeira auscultação das potencialidades do projecto de cooperação missionária.

l) Junho de 2015: início da formação do primeiro grupo de missionários voluntários de Braga.

m) Junho de 2015: integrando o plano pastoral arquidiocesano para 2015/2016 – ano missionário – escreve-se no mesmo como desafios: “Acolhimento de leigos, sacerdotes e consagradas da Diocese de Pemba na Diocese de Braga para prosseguimento de estudos e envio da comunidade constituída por um sacerdote e leigos missionários da Diocese de Braga para a Diocese de Pemba”

n) 07/11/2015: início da formação do segundo grupo de missionários voluntários de Braga (a decorrer).

o) Início de 2016: Braga assegurou parte do contributo penitencial quaresmal para a cooperação com Pemba.

p) (...)

2. Olhos para ver sonhos

Os nossos olhos não emitem luz. Ou seja, só vemos coisas que têm luz própria ou quando estão iluminados. Os nossos olhos não emitem luz. Recebem luz! Os sonhos servem, de facto, para iluminar os olhos (interiores e exteriores). Para os lavar. Precisamos, por isso, de sonhos.

Não menores que à medida de Jesus. Precisamos também de olhos que os vejam e os assumam com alegria e não os confundam com equações. O Papa Francisco, no “Evangelho da Alegria”, por muitas vezes se refere aos olhos.

Confirmem, em contraluz: “pôr de parte a ansiedade para olhar nos olhos” (46); “o olhar do discípulo missionário que se nutre da luz e da força do Espírito Santo” (50); “olhar de fé sobre a realidade” (60) “reconhecer com olhar agradecido” (60); “olhar contemplativo” (71); “olhar crente” (84); “olhemos para os primeiros discípulos” (120), “conhecido o olhar de Jesus” (120); “sem olhar às nossas imperfeições” (121); “olhar do Bom Pastor” (125); “olhar para o coração do Evangelho” (130); “olhemos com sinceridade a nossa vida (153); “olhar solidário” (169); “alongar mais o olhar” (190); “levantem o olhar” (205). “Creio que o segredo de Jesus esteja escondido naquele seu olhar o povo mais além das suas fraquezas e quedas (141). Creio no olhar bom (e bom é Um só). É tudo o que creio. É tudo o que Lhe peço.

3. Os irmãos, como os sonhos, também se escolhem

“Bem haja Dom Jorge e Arquidiocese de Braga por aceitar-nos como parceiros. Irmãos já somos!” (D. Luiz Lisboa, Bispo de Pemba, Outubro de 2014)

Artigo publicado no Suplemento Igreja Viva de 18 de fevereiro de 2016.