Arquidiocese de Braga -
22 outubro 2021
Encontrei uma terra cheia de vida (2)
Pe. Manuel Faria
Pe. Manuel António Faria, equipa missionária Salama!
Este testemunho já esperado, pelos cristãos do nosso Arciprestado de Guimarães e Vizela, que está unido, participa e é minha força de retaguarda, na participação nesta nova experiência de voluntariado missionário, promovido pelo Centro Missionário Arquidiocesano de Braga (CMAB), e a cooperação missionária realizada através do “Projeto Salama”, para uma Cooperação Missionária efetiva e afetiva entre a Arquidiocese de Braga e a Diocese de Pemba, é sinal e fermento da fidelidade ao mandamento de Jesus: “ Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali, pois para isso é que eu vim. (Mc. 1, 38). E disse-lhes ainda: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Mc. 16, 15).
O desafio do cristão, a nunca esquecer, é continuar a fazer caminho, nos caminhos de Jesus Cristo, para o qual precisamos levantar o nosso olhar, a nossa oração até ao seu coração, para acolher o seu chamamento, converter o nosso olhar e o nosso coração, para realizar no Corpo da Igreja, junto do seu povo, o mandamento do nosso Mestre e Senhor.
Sendo o propósito de Cristo anunciar o evangelho em todos os lugares, ele não reservou o seu ministério a nenhum lugar em particular. O testemunho dos missionário que põe pés ao caminho, unidos aqueles que fazem missão na oração e na partilha de seus bens, mostram que a atual comunidade eclesial continua atenta, disponível e disposta a pregar o evangelho em todos os lugares, sempre que Deus chama e envia seus eleitos para outros lugares. Nenhuma Igreja particular pode ser fiel a si mesma, se renunciar ao caminho missionário!
Quanto à realidade cultural moçambicana sabia que tudo seria uma surpresa. E, na verdade, a realidade nos surpreende todos os dias, para a simplicidade, alegria, juventude da Igreja, humildade e abertura para as surpresas constantes do evangelho.
Quando disse à minha família e amigos de Portugal, que estava a caminho da Igreja africana, muitas dúvidas e receios surgiram, mas também muita alegria e motivação para responder com coragem ao chamamento interior.
Quero terminar por hoje dizendo que quero crescer ao ritmo da natureza deste povo (vacani, vacani) acreditar mais na bondade do Criador e da sua natureza, aprender e deixar-me inspirar pelas pessoas que me rodeiam, que confiam e vivem o presente, como a única realidade que existe e podemos desfrutar. As pessoas a quem agora chamo família missionária, ou comunidade dos atos dos apostolos, nos mostram que quanto mais amamos cada momento e cada presença aqui e agora, tanto mais descobrimos que o amor de Deus está sob todas as coisas e por trás de todos os acontecimentos.
Depois de manifestar a alegria por pertencer ao projeto Salama, deixo este testemunho da missão em moçambique, e o desejo de continuidade de uma caminhada permanente de fidelidade aos caminhos do evangelho, até mesmo para um amadurecimento com todos os leitores nesta missão da Igreja, que pode e deve falar cada vez mais da sua experiência rica de tantas missões espalhadas pelo mundo.
Sinto grande alegria em fazer parte desta continuidade missionária, desta caminhada iniciada pelo projeto Salama! Sabemos que não somos melhores por sermos enviados para missão ad gentes, somos apenas ‘simples servos na vinha do Senhor’.
Artigo publicado no Jornal O Conquistador de 22 de outubro de 2021.
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