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11 Jun 2021
Cuidar de si e dos outros
Mensagem do Arcebispo Primaz por ocasião do agravamento da situação pandémica.
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Os dados das autoridades alertam para uma situação em que o desconfinamento poderá ser colocado em risco por causa do elevado número de infectados no concelho de Braga.

Como Igreja, não estamos em tempo de alarmismos mas teremos de reassumir a responsabilidade colectiva de inverter a curva ascendente. Da minha parte, já tenho solicitado um compromisso responsável às nossas comunidades. Importa não baixar a fasquia e continuar a cumprir escrupulosamente todas as orientações da Direção Geral da Saúde quanto à higienizarão dos espaços, ao distanciamento físico das pessoas e ao uso das máscaras. Isto nas celebrações litúrgias e em todas as actividades que as paróquias realizem. Não temos a responsabilidade do que acontece fora dos nossos espaços. Temos, porém, o dever cívico, em consonância com a tarefa de formar as consciências, de elucidar e motivar para comportamentos responsáveis. Não podemos enveredar por desculpas fáceis. Queremos e trabalhamos para que os nossos espaços sejam lugares seguros.

Para além do que, como comunidades cristãs, devemos ir concretizando, sinto-me no dever de interpelar todos os bracarenses, da cidade e das freguesias, a que enveredem por comportamentos concretos que possam garantir não só que a situação não evoluirá para pior mas que juntos conseguiremos impedir o contágio. Todos temos conhecimento do que nos compete fazer. Urge que sejamos capazes de passar das palavras aos actos. Alguns podem pensar que já estão vacinados e que estão livres do perigo. Outros imaginam-se protegidos pelos cuidados que vão tendo. Trata-se de uma verdadeira campanha feita de pequenos gestos e atitudes. Terão de ser vividos em casa, no ambiente de trabalho ou de ensino. Teremos de chegar aos momentos e espaços de diversão e de convívio. Isto poderá custar um pouco. Uma pequena atitude feita a pensar no bem comum custa muito pouco. O egoísmo complica sempre a vida e as consequências do seu exercício deturpam a alegria de viver em sociedade. Não basta pensar em nós e na satisfação dos nossos desejos. Somos, de verdade, um grande corpo onde o bem ou o mal de uns condiciona o todo do corpo social.

Viemos de uma caminhada longa de sacrifícios. Aspiramos ardentemente por dar por concluída esta anormalidade no nosso quotidiano. Pensar que tudo já passou é uma ilusão. Não podemos voltar a condicionar a alegria de viver uns com os outros. Sonhamos com as festas e com as festas populares que marcam a nossa tradição colectiva. Vamos ter de perder alguma coisa para poder ganhar tudo num futuro que queremos próximo. Precisamos de orientações concretas e exigentes e as autoridades não podem contemporizar com atitudes de negligência ou irresponsabilidade. Tudo passa por uma responsabilização pessoal onde ninguém pode ser substituído.

Queremos a alegria das festas, do convívio, de momentos de fraternidade jubilosa. Saibamos esperar mais um pouco para as viver como acontecia no passado. Esta responsabilização é de todos. Sei que custa muito mais às camadas mais jovens. Também reconheço a sua capacidade de sacrifício por causas comuns. Também sabemos que as incidências últimas estão a acontecer nesta idade. Da minha parte, não quero impor nada a ninguém. Só gostaria que este assunto entrasse nas conversas, que não necessitam de ser em lugares públicos e com aglomerados significativos, de modo a que os pequenos gestos de atenção acontecessem na vida de todos.

Não permitamos que o dia de amanhã seja pior. Trabalhemos hoje para nosso bem e bem da sociedade. Obrigado.

 

† Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz

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