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ANO PASTORAL
"Juntos no caminho de Páscoa"

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Amares, Igreja do Mosteiro de Sta. Maria de Bouro| 27 Nov 2022
“Caminhemos à Luz do Senhor”
Homilia no início das visitas pastorais
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1. Recomeçar

Deus visita-te! Ele é a maior surpresa de sempre! Sê anfitrião! 

O tempo do Advento é uma convocação anual à alegre expectativa da vinda contínua de Jesus Cristo, através da oração e das boas ações, relembrando-nos a vocação para a vida eterna e a condição de peregrino.

Na vigília pascal, a preparação do círio, um verdadeiro monumento à luz, dá a melhor tonalidade a todo o Ano Litúrgico que, hoje iniciamos, ao dizer-se: «Cristo, ontem e hoje; Princípio e fim; Alfa e Ómega; A Ele pertence o tempo e os séculos. A Ele a glória e o poder por toda a eternidade. Amen». Como viver em plenitude a ação litúrgica, especialmente ao Domingo?

Hoje, começamos juntos a peregrinação da Visita Pastoral com este significativo gesto comunitário das 24 Paróquias do Arciprestado de Amares. O Profeta Isaías encoraja-nos na direção certa: «Caminhemos à luz do Senhor» (Is 2, 5). A fé é como que a luz que orienta os nosso peregrinar interior no tempo.

A linguagem da polaridade noite/dia e trevas/luz, atravessa as três leituras desta liturgia, provocando uma atitude de conversão da mentalidade pessoal, pastoral e missionária.

Como podemos recomeçar para melhor peregrinar?  Escutar a Palavra de Deus; relembrar o Batismo recebido «revesti-vos do Senhor Jesus Cristo» (Rm 13, 14); assumir a vida de todos os dias como lugar de fazer e ser sinodalidade.

 

2.  «...e não deram por nada...»

Também nós podemos cair no risco de viver como se nada fosse acontecer, como se a nossa vida estivesse votada ao acaso e, por tal limitada “ao comer e beber, ao casar e dar em casamento”. Às vezes tomados pelo afã de cada dia, ignoramos o que é essencial no sentido pleno da nossa vida.

O convite é à vigilância, ou seja, à escuta. Viver sem atenção é viver no meio das distrações quotidianas que não nos dão a paz do coração.

Vigiar é amar! Deveras, só vigiamos o que amamos. Tudo é Dom!

Na verdade, como reconheceu São Bernardo, a Virgem Santa Maria: «é este aqueduto que recebe todo o caudal da fonte que brota no coração do Pai, e nos distribui a nós o que somos capazes de receber. Sabeis, com efeito, a quem se dirigem estas palavras: Salve, cheia de graça». 

Num tempo de tantas crises, dentro e fora da Igreja, de muitas desigualdades sociais e enormes desafios, voltamos o nosso olhar para a Mãe de Deus e Mãe da Igreja. E, com a canção de Sá de Miranda, também ousamos cantar à Virgem Santa Maria: «Virgem formosa, que achaste a graça / perdida antes por Eva, onde não chega / o fraco entendimento chegue a fé (...). Vós, que nos destes claro a tanto escuro, / remédio a tanta míngua, / me dareis língua e coração seguro».

 

3. A Luz no caminho da sinodalidade

Jesus Cristo é a nossa luz, luz da Igreja e luz de todos os povos. «Nós próprios ajudámos a apagar a luz que os nossos pais tinham acendido. Trocámos a santidade pela utilidade, a lealdade pelo êxito, a sabedoria pela informação, as orações pelos discursos, a tradição pela moda» (A. Heschel).

Como vos escrevemos na mensagem para a Visita Pastoral: «Onde há Cristo, há muito amor. Onde há amor, há maior bem-fazer: “o bem espalha-se, propaga-se”. No lastro e rasto da nossa visita possamos alegrar-nos por ver confirmadas as comunidades do Arciprestado de Amares, na (pre)disposição e na práxis pastoral, da Igreja Primitiva: «Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão e às orações. Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação» (At 2,42.46-47)».

A visita pastoral deve-nos fazer crescer em fraternidade, para fazermos da Igreja uma casa, uma família, onde se acolhe e ama.

A fidelidade na liberdade e na caridade faz-nos experimentar todos os dias da nossa peregrinação interna que somos estrangeiros com visto temporário. Somos peregrinos. Somos encontro. Somos presente e presença de Deus uns para os outros.

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