Arquidiocese de Braga -

7 novembro 2016

Papa Francisco sugere amnistia para os presos

Fotografia Tony Gentile I Reuters

DACS

O Sumo Pontífice acredita que todos têm a possibilidade de errar e convida os reclusos a "não ficarem fechados no passado".

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O Papa Francisco propôs uma amnistia para os presos, por forma a assinalar o fim do Jubileu da Misericórdia, a 20 de Novembro. O apelo foi feito este Domingo, perante milhares de pessoas, incluindo mil reclusos e ex-detidos de 12 países, durante a celebração do Jubileu dos Reclusos, no Vaticano.

O Santo Padre apontou “uma certa hipocrisia” no facto de se encarar a prisão como o “único caminho” para quem comete erros, depositando “pouca confiança na reabilitação". Assim, propõe a reintegração de alguns presos.

Francisco sugere esse “acto de clemência” às autoridades: “Submeto à consideração das autoridades civis competentes a possibilidade de cumprir, neste Ano Santo da Misericórdia, um acto de clemência para com aqueles prisioneiros que são considerados adequados para desfrutar desta medida”.

Para o Sumo Pontífice, é necessário uma mudança de visão na justiça penal, que abondone um modelo “exclusivamente punitivo”, em prol de uma justiça “mais aberta à esperança e à perspectiva de reinserir o réu na sociedade”.

Francisco incitou os reclusos presentes a “não ficarem fechados no passado”.  "A história passada não pode ser escrita novamente. Mas a história que começa hoje, e olhando para o futuro, ainda está por escrever. Aprender com os erros do passado, pode abrir um novo capítulo da vida", reforçou.

“Cada vez que entro numa prisão pergunto-me: porquê eles e não eu? Todos temos a possibilidade de errar”, acrescentou o Papa.