Arquidiocese de Braga -
30 janeiro 2023
Os símbolos da JMJ Lisboa 2023 chegam à Arquidiocese de Braga
DACS com DM
A entrega dos símbolos foi feita na ponte sobre o rio Neiva, que liga a Arquidiocese de Braga à Diocese de Viana do Castelo. Unidos, os jovens de ambas as dioceses se irmanaram no momento da entrega do Ícone e da Cruz, dando início à Peregrinação dos Símb
Alegria, fé e unidade. A Peregrinação dos Símbolos da JMJ Lisboa 2023 começou ontem, dia 29 de janeiro, na Arquidiocese de Braga. Os jovens receberam em festa o Ícone Mariano e a Cruz, dando um testemunho de uma Igreja Viva, na expectativa do que será a Jornada Mundial da Juventude em Portugal.
A fanfarra de São Romão do Neiva deu início a transmissão dos símbolos na passagem para Esponsende. A entrega foi feita na ponte sobre o rio Neiva, que liga a Arquidiocese de Braga à Diocese de Viana do Castelo. Unidos, os jovens de ambas as dioceses se irmanaram no momento da entrega do Ícone e da Cruz, acompanhados pela emoção de toda a comunidade. Depois seguiram em procissão até a Igreja de Antas, onde aconteceu uma cerimónia. Os símbolos percorrerão os 14 Arciprestados da Braga até o dia 3 de março, quando partirão para a Diocese de Aveiro.
Para este celebrar este momento junto aos jovens estiveram presentes o Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, os Bispos Auxiliares D. Nuno Almeida e D. Delfim Gomes, assim como o Bispo de Viana do Castelo, D. João Lavrador, acompanhado por sacerdotes e pelo Comité Diocesano, o presidente da Fundação JMJ, D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa. Além do presidente Comité Organizador Diocesano, cónego Avelino Amorim, e dos representantes do Comité Organizador Arciprestal, participou também o Padre Filipe Diniz, diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) e coordenador da peregrinação dos símbolos da JMJ Lisboa 2023, além das autoridades civis.
O testemunho da juventude
Celina Figueiredo, “Felizmente não é a primeira vez que vivo uma JMJ. É uma alegria tremenda vir cá receber os símbolos. Estou convencida que este pode ser um momento de viragem no rejuvenescimento da Igreja. Quero ajudar nessa mudança”, disse Celine Figueiredo, do arciprestado da Póvoa de Varzim/Vila do Conde, que estava feliz pela oportunidade de voltar a tocar nos símbolos, agora em Portugal.
Para Helena Afonso, da paróquia de S. Romão do Neiva foi muito positivo a vinda dos símbolos e da JMJ para Portugal. “A Igreja está num momento de mudança e quer que os jovens sejam protagonistas. Acho que eles estão em condições e na disposição de ajudar nesse processo de mudança. Acho que a peregrinação dos símbolos está a levar mais gente à igreja. Vejo muito mais gente jovem a participar. Para nós jovens cristãos é uma maravilha”, afirmou.
Do Arciprestado de Cabeceiras de Basto estiveram, entre outros, Mário Vilas, Inês e Marlene Ribeiro, todos do grupo de jovens de Arco do Baúlhe.
Mário Vilas garante que a peregrinação dos símbolos e a Jornada dizem muito aos jovens. “Queremos acompanhar os grandes momentos. O futuro da Igreja está nas nossas mãos e acreditamos que este momento vai ajudar a rejuvenescer a Igreja de Braga e em Portugal”.
Uma alegria contagiante
Os bispos e presbíteros percorreram junto aos jovens o caminho até a igreja e ficaram contagiados pelo entusiasmo que os jovens demonstraram.
“Desta bela surpresa do acolhimento aos símbolos da Jornada Mundial da Juventude, aquilo que me ocorre de imediato dizer é que queira Deus confirmar o bem que já começou aqui na Arquidiocese de Braga, que seja continuado nesta peregrinação de fé, de alegria, de esperança. E o testemunho dos jovens hoje e de tantos adultos que nos acompanharam, faz-nos sorrir e ter este horizonte de esperança”, destacou o Arcebispo de Braga.
D. Américo Aguiar disse que tem acompanhado a peregrinação com emoção crescente também. “Estava a ver os rostos dos que tocavam a cruz e está me a lembrar dos momentos, talvez dos mais emocionantes de contacto com os símbolos foi no Estabelecimento Prisional da Cadeia de Lamego, em que vi como é que irmãos nossos, que estão limitados na sua liberdade, porventura marcados por algum momento de trevas das suas vidas, como é que o seu olhar, o seu rosto, a sua expressão no toque com a cruz. Se sente que a cruz lhes toca. E mais do que a multidão daqueles que tocam a cruz, estou convencido que a cruz e o ícone de Maria estão a tocar o coração de homens, de mulheres, de jovens, de adultos, que ao longo destas já 15 dioceses portuguesas por onde eles passaram”.
Para ele, os símbolos estão a criar e a provocar a ‘tal pressa no ar’ de fazermos caminhos juntos, “de nos levantarmos e partirmos apressadamente ao encontro de todos, levando Cristo vivo e indo ao encontro das necessidades dos irmãos e das irmãs nas mais diversas periferias a que o Papa Francisco nos desafia permanentemente”.
D. Nuno Almeida destacou que, com o que haviam testemunhado naquele dia, a experiência da peregrinação será profunda. “Não vai ser somente um juntar pessoas. Pelo silêncio, pelo canto, pelos gestos, pelos olhares que nós podemos pressentir e ver, vai ser, de facto, uma experiência profunda de encontro com Cristo, de deixarmos que o Senhor olhe para nós, nós possamos olhar para Ele e deixar que também esta cruz tão despojada nos envolva e nos dê uma vida nova, uma esperança nova porque todos estamos sedentos desta vida nova, dessa esperança nova”, disse.
O Bispo da Diocese de Viana do Castelo, que acabara de entregar os símbolos, ressaltou que estes trouxeram uma mensagem que remonta a São João Paulo II, “quando ele quis unir este grande sonho da nova evangelização com a Jornada Mundial da Juventude, como que congregando em grande movimento todos os jovens do mundo inteiro, para que sejam eles os primeiros grandes protagonistas da nova evangelização. E todos nós sabemos porquê. Não só porque a juventude tem um ímpeto, uma força, tem sonhos, tem realmente, de alguma maneira, um horizonte único que só eles podem realmente ter. Mas também, uma vez apaixonados por Jesus Cristo, eles tornam-se os grandes obreiros para a edificação desta nova humanidade”.
Para o padre Filipe Diniz, a peregrinação tem sido de facto um grande momento de expressão do movimento juvenil e “essa expressão de alegria ou expressão de facto da jornada está mesmo a acontecer e que está aqui bem viva”.
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