Arquidiocese de Braga -
2 outubro 2004
Vocacionados para educar

Fotografia
+ Jorge Ortiga, A. P.
\nSemana Nacional da Educação Cristã
O cristianismo manifesta a sua maravilha, entre tantas coisas, pelo reconhecimento do valor e importância da pessoa humana. Deus quer que, em Cristo, todos se salvem mas por livre vontade e com a colaboração mediadora dos seres humanos. Há uma proposta, efectuada no tempo e no espaço, por variados interpretes e as pessoas que acolhem no íntimo dum coração consciente e responsável.
A Semana da Educação Cristã (3 a 10 de Outubro) é um momento para as comunidades vivenciarem esta simbiose dum Deus que se oferece para que os homens o comuniquem. Educar cristãmente é sinónimo dum comunicar uma vida divina expressa em valores e princípios que distinguem uma existência cristã doutra qualquer.
Para comunicar existem os instrumentos humanos (pessoas) e materiais (subsídios) que facilitam a tarefa do anúncio. Os materiais supõem o encargo e missão dos intérpretes da verdadeira educação cristã.
Toda a comunidade cristã é educadora mas os pais, os catequistas e os professores, de matérias profanas ou de Educação Moral e Religiosa Católica, são os primeiros a querer, consciente e responsavelmente, interpretar esta missão. Para isso é fundamental que cada um interprete essa tarefa como uma vocação. Não se trata dum trabalho feito com maior ou menor prazer. Deus chama cada um pelo nome e importa efectuar uma resposta de fidelidade a esse chamamento. Os resultados dependem desta consciência.
Convido, por isso, as comunidades cristãs a reflectirem sobre este dinamismo da vida cristã.
Aos pais recordo que interpretem a vivência matrimonial como projecto de santidade a comunicar aos filhos;
Aos catequistas peço alegria no anúncio da verdade motivando as crianças para uma permanente escuta do que Deus quer;
Aos Professores e, particularmente, aos de Educação Moral e Religiosa Católica exorto a que coloquem uma grande capacidade de discernimento vocacional e presença carinhosa num acompanhamento da personalidade que cada criança, adolescente ou jovem merece.
Saibamos interpretar a vida como vocação e sintamo-nos corresponsáveis pelo chamamento dum Deus que continua a dizer: “Vem e segue-Me”.
Braga, 3.10.2004
+ Jorge Ortiga, A. P.
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