Arquidiocese de Braga -

15 julho 2005

ENCONTRO DE AVALIAÇÃO E PROGRAMAÇÃO PASTORAL - Turcifal, Centro Diocesano de Espiritualidade

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\n Decorreu, de 11 a 14 de Julho, no Centro Diocesano de Espiritualidade de Lisboa, em Turcifal, Torres Vedras, o encontro de avaliação e programação pastoral da Diocese de Braga. Este encontro contou com a presença do Sr. Arcebispo Primaz, Bispos Auxiliares, Arciprestes, Vice-Arciprestes de Zona e Delegados Arciprestais da Pastoral Familiar. O Plano Pastoral para o próximo triénio, “Família, a Boa Notícia para o Terceiro Milénio”, anteriormente debatido no Conselho Pastoral Diocesano e no Conselho Presbiteral, foi apresentado pelo P. António Sérgio e pelo P. Domingos Paulo e centrou a nossa atenção e reflexão sobre as quatro mediações eclesiais: Anúncio (Martyria), Celebração (Liturgia), Comunhão (Koinonia) e Serviço Fraterno (Diaconia). A centralidade da família, como lugar primário de evangelização na vida e na acção da Igreja foi reconhecida unanimemente por todos os presentes e, como tal, deve ser prioridade fundamental, empenhamento constante e compromisso permanente de todos os agentes da pastoral. Os compromissos e iniciativas a desenvolver nos próximos três anos devem abranger as seguintes coordenadas: • Evangelizar a família • Celebrar e rezar com a família e em família • Relacionar-se como família • Agir solidariamente pela família. De seguida abordámos o tema das Visitas Pastorais, como momento privilegiado de revisão e implementação dos planos pastorais diocesanos ao serviço da evangelização e da comunhão. De acordo com o Directório para o Ministério Pastoral dos Bispos “a visita pastoral (…) é uma ocasião de reavivar as energias dos obreiros evangélicos, de os louvar, encorajar e consolar, como também oportunidade de chamar todos os fiéis à renovação da sua vida cristã e a uma actividade apostólica mais intensa. A visita permite-lhe, além disso, avaliar a eficiência das estruturas e dos instrumentos destinados ao serviço pastoral, dando-se conta das circunstâncias e dificuldades do trabalho de evangelização para poder definir as prioridades e os meios de pastoral orgânica” (Directório para o Ministério Pastoral dos Bispos – Apostolorum Successores – nº 220). Pretende-se que as visitas pastorais sejam um momento de alegria, de comunhão, de festa, de incentivo e de louvor, onde claramente reluza o rosto da comunhão, da unidade e da catolicidade da Igreja. O recente modelo das visitas pastorais (com a presença em simultâneo do Sr Arcebispo e Bispos Auxiliares), foi avaliado positivamente, já que permite uma dinâmica conjunta a nível arciprestal, onde todos possam – e devam – sentir-se comprometidos e em comunhão, numa proximidade estreita entre Bispo, Pároco e Leigos, como fazendo parte de um único Povo de Deus. Neste contacto próximo com os leigos e paróquia no seu todo (crianças, jovens, crismandos, doentes, idosos, famílias e instituições da paróquia) é necessário e aconselhável que se constituam, entre outros, os seguintes momentos essenciais nas visitas pastorais: 1- Encontro com a Catequese/Escolas. 2- Encontro com os crismandos. 3- Encontro com a Assembleia Paroquial. 4- Celebração comunitária da Santa Unção integrada na Eucaristia. 5- Celebração Solene do Sacramento do Crisma. Deve salvaguardar-se, sempre, que o pároco e a comunidade é que encontrarão o esquema que mais se há-de ajustar à realidade concreta. A visita pastoral deve ser vivida sem fausto nem ostentação, que impliquem despesas supérfluas, mas em ambiente festivo “que seja consequência natural da alegria cristã e expressão de afecto e veneração pelo pastor” (Idem – nº 223). Para o conhecimento da situação social e religiosa da paróquia, foi definido um questionário a ser preenchido atempadamente, antes da visita pastoral, já que, para além de dar a conhecer a realidade, constitui uma mais valia no encontrar das melhores orientações pastorais a implementar. Concluída a Visita Pastoral às Paróquias, é conveniente que se avaliem os compromissos pastorais e estabeleçam os pontos necessários para um caminho mais empenhado da comunidade, devendo esta avaliação ser construída e assumida com o presbitério local. Como síntese e em jeito de compromisso e apelo sentimos que este Encontro nos ofereceu momentos intensos de oração, de diálogo franco e de partilha sacerdotal e nos pede que dirijamos uma mensagem fraterna aos nossos presbitérios arciprestais e às nossas comunidades paroquiais e através destas a toda a nossa Arquidiocese. 1. Assumimos o Plano Diocesano de Pastoral para o próximo triénio em nome das Equipas Arciprestais que aqui representamos e como delegados destas. Deste compromisso damos conhecimento aos sacerdotes, diáconos, membros dos Institutos de Vida Consagrada, religiosos e leigos dos nossos Arciprestados e somos portadores deste empenhamento pastoral e desta opção diocesana, fazendo da “Família, a boa notícia para o terceiro milénio”. 2. Propomo-nos fazer sempre das Visitas Pastorais um tempo de encontro, de unidade, de comunhão, de alegria e de festa entre o Bispo, o Sacerdote e a Comunidade. Desejamos que sejam aproveitadas cada vez mais como acontecimento eclesial e forma de evangelização e da renovação da Igreja e como presença de proximidade e solicitude paterna do Pastor pelo seu Povo e pelos Sacerdotes, incansáveis colaboradores do seu ministério episcopal. 3. A nossa Diocese possui um valiosíssimo património em bens móveis e imóveis. Sabemos que pertence aos Párocos, Conselhos Económicos Paroquiais e Confrarias preservá-los, valorizá-los e colocá-los ao serviço da vida e da acção pastoral da Igreja. O cumprimento rigoroso e exigente das Normas Diocesanas, agora publicadas, permite-nos assumir e garantir a recta e digna utilização deste Património da Igreja. 4. A consciência de que vivemos num mundo globalizado e em acelerada mudança cultural e a atenção aos sinais dos tempos e às intuições do Espírito Santo “alma da Igreja” inspiram-nos opções pastorais que impõem novos modelos no exercício do nosso ministério de presbíteros. Estes modelos passam necessariamente pela criação de Unidades Pastorais e pela constituição de Equipas Sacerdotais. É a hora de começarmos, desde os nossos Seminários, a cultivar este espírito e a abrir estes caminhos também na nossa Arquidiocese. 5. Como Sacerdotes que somos, vivemos simultaneamente a alegria da fidelidade e a solicitude espiritual e fraterna por todos os irmãos do nosso Presbitério Diocesano, pensando sobretudo nos que estão doentes ou se debatem com horas de sofrimento e de provação. 6. A presença de religiosos, religiosas e membros de Institutos de Vida Consagrada na nossa Diocese foi desde sempre entendida como uma bênção e como uma graça, pelo seu número significativo, pelo seu testemunho exemplar e pela sua colaboração generosa, sempre em sintonia com a orientação pastoral diocesana. Queremos agradecer a sua presença e a sua acção e intensificar a mobilização das Comunidades para que surjam vocações para a vida sacerdotal, religiosa, missionária e de consagração no mundo. 7. Saudamos os cinco novos Sacerdotes que serão ordenados no próximo dia 17 de Julho. Eles são um dom de Deus para o nosso Presbitério e para a nossa Diocese. Acolhemo-los com espírito fraterno e com renovada alegria como recém-chegados “trabalhadores da Vinha do Senhor”. 8. Pedimos ao Secretariado da Pastoral Vocacional, ao Pré-Seminário e aos Seminários que mantenham vivo e cada vez mais intensificado o dinamismo vocacional que este Ano Eucarístico e Vocacional imprimiu na nossa Diocese e asseguramos-lhes a nossa oração, o nosso acolhimento e a nossa abertura às suas actividades. 9. Queremos finalmente aproveitar o 6º aniversário da tomada de posse, como Bispo Diocesano de Braga e Arcebispo Primaz, do Senhor D. Jorge, no próximo dia 18 de Julho, para lhe testemunharmos, assim como aos seus Bispos Auxiliares, D. Antonino e D. António, a nossa comunhão e a nossa unidade, em obediência, alegria e fidelidade.