Arquidiocese de Braga -
10 setembro 2005
Dia Diocesano do Catequista

Fotografia
D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga
\n1 – Pretende o Dia Diocesano consciencializar os catequistas da dignidade da vocação de catequista. Concluindo o Ano Vocacional, importa sublinhar esta realidade dum Deus que chama para alegremente trabalhar pelo Reino.
2 – A dignidade da vocação exige correspondência festiva em termos pessoais e numa atitude de unidade com os restantes catequistas da comunidade, com o arciprestado ou zona e, particularmente, a Arquidiocese. Importa incrementar este espírito diocesano de comunhão entre catequistas que se conhecem, entre ajudam e caminham em dinâmica comunitária.
3 – A correspondência aos apelos de Deus e da Igreja passa pela formação que terá de ser interpretada por cada um, pelas paróquias e pelos arciprestados. Peço-vos um empenho particular nesta área que reputo de importância especial para a vida das comunidades. Aos Conselhos Económicos peço que invistam nesta tarefa prioritária e que a considerem merecedora de investimentos estruturais e de formação.
4 – Neste sentido agradeço ao Departamento Arquidiocesano de Catequese a elaboração do “Catequistas, Século XXI”. Não deveria existir nenhum catequista que não o conhecesse assim como nenhuma comunidade paroquial deveria lamentar a não existência de subsídios para a formação.
5 – Conscientes da vocação de catequistas com uma responsabilidade de suscitar e acompanhar as vocações sacerdotais e religiosas, espero que seja um fruto do Ano Vocacional a perdurar aproveitando todos os momentos para lançar o apelo de Deus.
6 - Partimos para um triénio na pastoral familiar. Os pais são os educadores dos filhos e compete-lhes a sua iniciação cristã. Os catequistas completam, duma maneira subsidiária, o trabalho dos pais. Daí que não pode haver catequese sem a envolvência dos pais.
7 – Lanço-vos alguns desafios:
7.1 – Criai a mentalidade de que os pais caminham com os filhos no encontro com Cristo.
7.2 – Envolvei-os num processo de catequese. Não será possível elaborar, em paralelo e simultâneo, actividades que proporcionem aos pais uma espécie de catequese de adultos? Só recebendo poderão dar aos filhos.
7.3 – Os sacramentos fazem parte do itinerário catequético. É interessante ver os pais a acompanhar os filhos em momentos festivos. O Ano da Eucaristia poderia fazer com que os pais readquirissem a alegria de participar nas celebrações com os filhos. É ousadia pensar nesta envolvência? Acredito que muito se poderá fazer. Será sonho acreditar nas Eucaristias Dominicais com a presença de toda a família?
7.4 – Aproveitai todos os momentos para festas familiares, onde os pais participem activamente. Com os filhos estamos a propor um modelo de vida familiar. Durante o ano muita ocasião pode e deve ser aproveitada para estas celebrações familiares.
8 – Não temais. Mostrai a alegria de ser catequistas. Criemos mentalidade duma diocese empenhada na evangelização. A minha gratidão e homenagem.
Sameiro, 10 de Setembro de 2005.
D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga,
Arcebispo Primaz
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