Arquidiocese de Braga -

\nNeste tempo litúrgico do Natal, celebramos a Festa da Sagrada Família de Nazaré. Jesus fez-se um de nós no seio de uma família. “O Natal nunca acontecerá sem uma família. O nascimento de Cristo experimentou a ausência de tudo o que seria minimamente exigível. Não lhe faltou o amor e a ternura de Maria e José que não se detiveram nas dificuldades. Pensando Neles e na força que nasce de Belém, acredito que o futuro da humanidade passa pela família e sei que este Natal reforçará os laços dos casais, reunificará os corações divididos, dará alento aos sozinhos, criará a vontade duma sociedade-família onde na mesa da dignidade humana todos são servidos na igualdade e fraternidade” (D. Jorge Ortiga - Mensagem de Natal 2005). Será uma oportunidade privilegiada para que a comunidade cristã faça uma séria reflexão sobre a família, nos dias de hoje. Compete aos casais, que seguem os ensinamentos de Jesus Cristo, a ingente tarefa de proclamar e recuperar os valores da ética cristã dentro da instituição do casamento. Parece que já se tornou comum dizer que a família está em crise. Mas é uma constatação real. São muitas e variadas as causas desta crise institucional. Mas não podemos ficar passivos. Impõe-se agir, reagir. A Família continua a ser o lugar onde as pessoas crescem e o espaço onde aprendem a ser gente de bem. Daí o renovado empenho da Igreja, através da Pastoral familiar, de promover a valorização do Sacramento do Matrimónio e a formação de famílias verdadeiramente cristãs e felizes. É nesta aventura feliz que, como Diocese, estamos envolvidos. A paixão de Jesus era e é tornar o mundo todo uma família ilimitada. É a partir deste horizonte que pode ser pensada uma renovada pastoral familiar: esta deve ser o espaço onde cada um descobre que a sua família não é só aquele agregado familiar e suas ramificações. A Equipa da Pastoral Familiar deve ocupar-se da reflexão, animação familiar nos seus locais próprios, ou seja, na Paróquia. Ela não é um movimento ou uma associação que surgiu para competir com os Movimentos e Serviços Familiares já existentes na Paróquia, no Arciprestado ou na Diocese, mas procura respeitar e acolher o que já existe: cada um com o seu carisma, a sua riqueza. Por isso, procura agir, acolhendo com amor e simplicidade, todas as pessoas: casais, jovens, viúvos ou viúvas, movimentos, serviços, instituições e organizações que trabalham em favor da família ou se empenham em promovê-la. Também anima, estimula e apoia o trabalho de todos na Pastoral Familiar Paroquial. Por outro lado, estabelece orientações e linhas comuns de acção para a Pastoral, servindo de elo, entre as diversas estruturas que já existem: a família com o grupo e a comunidade, a comunidade com a paróquia e paróquia com Sectores da Diocese, as Pastorais, Movimentos e Associações, etc. É bom saber e deixar bem claro que os membros integrantes da Equipa Paroquial, trabalham todos por um ideal comum: a família e a vivência familiar. A Pastoral Familiar está aberta às famílias cristãs e não cristãs nas diversas etapas da formação e crescimento da realidade familiar: preparação do noivado, celebração sacramental do matrimónio e ajuda na descoberta da sua vocação e missão, à luz dos valores humanos e cristãos do Evangelho. Impõe-se, portanto, fortalecer a pastoral familiar como meio de promoção, preparação e desenvolvimento da Família, nomeadamente nos domínios da estabilidade conjugal e familiar, do adequado exercício das suas funções e da resolução das situações difíceis ou irregulares nas relações entre os seus membros ou nas relações da Família com a sociedade, afim de que transpareça a riqueza e a beleza da instituição família. O Departamento Diocesano da Pastoral Familiar deseja, neste tempo de esperança que é o Natal, que as comunidades paroquiais, família de famílias, acolham Jesus Cristo e se deixem renovar por Ele na sua unidade e na sua missão. Departamento Arquidiocesano da Pastoral Familiar