Arquidiocese de Braga -
9 setembro 2007
Centralidade do Seminário para a renovação da Arquidiocese

Fotografia
D. Jorge Ortiga
\nO Concílio Vaticano II inicia o Decreto sobre a formação sacerdotal (OT) com as seguintes palavras: «Reconhecendo o sagrado Concílio que a desejada renovação de toda a Igreja depende, em grande parte, do ministério sacerdotal, animado pelo espírito de Cristo, proclama a gravíssima importância da formação dos sacerdotes». Considero-a, de facto, «como um dos ministérios mais importantes e, sob certos aspectos, mais exigentes» (FTFS 119). Pertença da pastoral vocacional da Igreja, que tem esta «graça» e «responsabilidade», assumo-a como «primeiro representante de Cristo» (PDV 65). Por analogia com os presbíteros, espero que os seminaristas e demais candidatos possam vir e estar comigo, «enquanto Pastor e Pai de todos» (PDV 65), pois os trato sempre por «irmãos e amigos» (PO 7). E que a minha «presença e partilha» com eles seja «um contributo fundamental para a formação do ‘sentido de Igreja’ como valor espiritual e pastoral» (PDV 65).
A leitura de «sinais dos tempos», no contexto das circunstâncias actuais, sugeriu-me a necessidade de aprofundar a reflexão sobre esta matéria com as equipas formadoras dos Seminários e os principais colégios de conselheiros. Aconteceu no dia 1 de Maio. Consciente de que a lectio signorum e as propostas não se esgotaram nessa sessão extraordinária, e de que há iniciativas, dinâmicas e avaliações que são da responsabilidade dos formadores, estou persuadido de que urge implementar um projecto formativo com as seguintes orientações:
1. A promoção das vocações, a formação dos seminaristas e a formação permanente dos presbíteros há-de inscrever-se num único projecto integrado.
2. «Coração da diocese» (OT 5), o Seminário será a referência aglutinadora de todos os agentes e sinergias: para ele, nele e a partir dele pulsará, com renovada tensão, um fluxo vital até aos ínfimos capilares da Igreja diocesana.
3. Maior consciencialização de que a Arquidiocese tem um ‘Único Seminário’ com duas etapas: no Seminário de Nossa Senhora da Conceição e no Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo.
4. Dinamizador do projecto educativo, o reitor do Seminário Conciliar preside, em estreita sintonia com o director do Seminário Menor e na justa autonomia, às equipas das comunidades formativas.
5. Tendo em comum a particular solicitude pela pastoral vocacional, o Seminário Menor destina-se aos seminaristas até ao 12º. ano e acompanha o Pré-Seminário juvenil ou Seminário em Família; o Seminário Conciliar, aos seminaristas do Sexénio, ao grupo dos diáconos e ao Pré-Seminário Adulto. Acumula ainda a responsabilidade pelo Pós-Seminário e colabora na formação de todo o presbitério.
6. Este projecto será desenvolvido com o apoio de um Bispo auxiliar, que ficará responsável pelo sector das vocações, dos Seminários e da formação do clero.
7. Garantida a legítima autonomia e na solidariedade de Igrejas irmãs, a diocese de Viana do Castelo une-se a este esforço; dos seus resultados também beneficiarão os seus seminaristas e, por consequência, todo o seu presbitério.
A profunda renovação das equipas formadoras, que corresponde aos critérios estabelecidos nos documentos oficiais da Igreja, exigiu sacrifícios e determinação aos seus membros e às comunidades donde provêm, às quais peço a merecida compreensão. Louvo o seu entusiasmo e não tenho dúvidas de que eles pensam seriamente quanto «o êxito da formação dos alunos depende da sua maneira de pensar e de agir» (OT 5). Estou certo que colocarão em prática quanto incentivava o supra referido Decreto: «Sob a orientação do Reitor, estabeleçam uma estreitíssima união de pensamento e acção e constituam entre si e com os alunos uma família que corresponda à oração do Senhor ‘ut sint unum’ (cf. Jo 17,11) e fomente nestes últimos a alegria da própria vocação» (OT 5).
Ao presbitério solicito o acolhimento desta ‘centralidade’ do Seminário. Que todos os sacerdotes «lhe prestem, de boa vontade, a própria ajuda» (OT 5), para a desejada renovação da Igreja diocesana. E porque amam o Seminário, necessitam de o conhecer melhor: visitem com suas comunidades as renovadas estruturas, que permitem uma qualidade de vida sem precedentes, e sugiram tudo o que, desde um projecto educativo alicerçado na caridade pastoral de Cristo Pastor, poderá promover e aperfeiçoar a identidade teológica e espiritual dos futuros presbíteros. Não seria ‘ingénuo’ e ‘infecundo’ responsabilizar exclusivamente o grupo de sacerdotes, a quem confiamos o Seminário, pela promoção vocacional e por toda a formação dos seminaristas? Não são imperativos de consciência de todos os membros da nossa Igreja particular? É importante que, nestes tempos marcados por sinais positivos e elementos de perplexidade, acreditemos na providência divina e nos sintamos corresponsáveis.
Dentro deste espírito e com esta finalidade, hei por bem estabelecer a seguinte distribuição de encargos e proceder à nomeação dos Directores Espirituais:
• P.e Dr. Victor José Novais, Reitor e Coordenador da Equipa e colaborador da Formação permanente do Clero com D. António José da Rocha Couto.
• P.e Doutor Joaquim Augusto Félix de Carvalho, Vice-Reitor e responsável pelo Pré-Seminário de adultos.
• P.e Dr. Juvenal Francisco Ferreira Dinis, membro da Equipa do Seminário Conciliar e Tesoureiro dos Seminários.´
• P.e Dr. Avelino Marques de Amorim, Director do Seminário Menor e responsável pelo Departamento da pastoral Vocacional.
• P.e Dr. Paulo Alexandre Terroso Silva, membro da Equipa do Seminário Menor e responsável pelo Pré-Seminário dos adolescentes.
• Irmã Frabizia Raguso, da Comunidade Loiola e professora de Psicologia na U.C.P., membro da equipa Formadora.
• P.e Dr. Luís Gonzaga Marinho Teixeira da Silva, Director Espiritual do Seminário Menor.
• P.e Dr. Domingos Alberto Rodrigues de Freitas, da Companhia de Jesus, Director Espiritual do Seminário Conciliar.
• P.e Dr. Agostinho de Araújo Pinto de Barros, da diocese de Viana do Castelo, Director Espiritual do Seminário Conciliar.
• Cón. Fernando Teixeira Alves Monteiro, Ecónomo Geral dos Seminários.
Na responsabilidade histórica que nos coloca entre as primeiras dioceses do mundo a construir um Seminário Conciliar, confiemos que S. Pedro e S. Paulo hão-de conceder-nos a graça de fazer com que todos os sacerdotes se apaixonem pela causa dos Seminários, para que a Igreja Arquidiocesana disponha dos sacerdotes necessários, em qualidade e quantidade, para o anúncio da Boa Nova. Nossa Senhora da Conceição nos ensine a acolher a riqueza de dons naturais e sobrenaturais que o Espírito de Cristo ressuscitado derrama em cada um, para que muitos jovens sintam a alegria de ser sacerdotes, hoje.
† Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz
A leitura de «sinais dos tempos», no contexto das circunstâncias actuais, sugeriu-me a necessidade de aprofundar a reflexão sobre esta matéria com as equipas formadoras dos Seminários e os principais colégios de conselheiros. Aconteceu no dia 1 de Maio. Consciente de que a lectio signorum e as propostas não se esgotaram nessa sessão extraordinária, e de que há iniciativas, dinâmicas e avaliações que são da responsabilidade dos formadores, estou persuadido de que urge implementar um projecto formativo com as seguintes orientações:
1. A promoção das vocações, a formação dos seminaristas e a formação permanente dos presbíteros há-de inscrever-se num único projecto integrado.
2. «Coração da diocese» (OT 5), o Seminário será a referência aglutinadora de todos os agentes e sinergias: para ele, nele e a partir dele pulsará, com renovada tensão, um fluxo vital até aos ínfimos capilares da Igreja diocesana.
3. Maior consciencialização de que a Arquidiocese tem um ‘Único Seminário’ com duas etapas: no Seminário de Nossa Senhora da Conceição e no Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo.
4. Dinamizador do projecto educativo, o reitor do Seminário Conciliar preside, em estreita sintonia com o director do Seminário Menor e na justa autonomia, às equipas das comunidades formativas.
5. Tendo em comum a particular solicitude pela pastoral vocacional, o Seminário Menor destina-se aos seminaristas até ao 12º. ano e acompanha o Pré-Seminário juvenil ou Seminário em Família; o Seminário Conciliar, aos seminaristas do Sexénio, ao grupo dos diáconos e ao Pré-Seminário Adulto. Acumula ainda a responsabilidade pelo Pós-Seminário e colabora na formação de todo o presbitério.
6. Este projecto será desenvolvido com o apoio de um Bispo auxiliar, que ficará responsável pelo sector das vocações, dos Seminários e da formação do clero.
7. Garantida a legítima autonomia e na solidariedade de Igrejas irmãs, a diocese de Viana do Castelo une-se a este esforço; dos seus resultados também beneficiarão os seus seminaristas e, por consequência, todo o seu presbitério.
A profunda renovação das equipas formadoras, que corresponde aos critérios estabelecidos nos documentos oficiais da Igreja, exigiu sacrifícios e determinação aos seus membros e às comunidades donde provêm, às quais peço a merecida compreensão. Louvo o seu entusiasmo e não tenho dúvidas de que eles pensam seriamente quanto «o êxito da formação dos alunos depende da sua maneira de pensar e de agir» (OT 5). Estou certo que colocarão em prática quanto incentivava o supra referido Decreto: «Sob a orientação do Reitor, estabeleçam uma estreitíssima união de pensamento e acção e constituam entre si e com os alunos uma família que corresponda à oração do Senhor ‘ut sint unum’ (cf. Jo 17,11) e fomente nestes últimos a alegria da própria vocação» (OT 5).
Ao presbitério solicito o acolhimento desta ‘centralidade’ do Seminário. Que todos os sacerdotes «lhe prestem, de boa vontade, a própria ajuda» (OT 5), para a desejada renovação da Igreja diocesana. E porque amam o Seminário, necessitam de o conhecer melhor: visitem com suas comunidades as renovadas estruturas, que permitem uma qualidade de vida sem precedentes, e sugiram tudo o que, desde um projecto educativo alicerçado na caridade pastoral de Cristo Pastor, poderá promover e aperfeiçoar a identidade teológica e espiritual dos futuros presbíteros. Não seria ‘ingénuo’ e ‘infecundo’ responsabilizar exclusivamente o grupo de sacerdotes, a quem confiamos o Seminário, pela promoção vocacional e por toda a formação dos seminaristas? Não são imperativos de consciência de todos os membros da nossa Igreja particular? É importante que, nestes tempos marcados por sinais positivos e elementos de perplexidade, acreditemos na providência divina e nos sintamos corresponsáveis.
Dentro deste espírito e com esta finalidade, hei por bem estabelecer a seguinte distribuição de encargos e proceder à nomeação dos Directores Espirituais:
• P.e Dr. Victor José Novais, Reitor e Coordenador da Equipa e colaborador da Formação permanente do Clero com D. António José da Rocha Couto.
• P.e Doutor Joaquim Augusto Félix de Carvalho, Vice-Reitor e responsável pelo Pré-Seminário de adultos.
• P.e Dr. Juvenal Francisco Ferreira Dinis, membro da Equipa do Seminário Conciliar e Tesoureiro dos Seminários.´
• P.e Dr. Avelino Marques de Amorim, Director do Seminário Menor e responsável pelo Departamento da pastoral Vocacional.
• P.e Dr. Paulo Alexandre Terroso Silva, membro da Equipa do Seminário Menor e responsável pelo Pré-Seminário dos adolescentes.
• Irmã Frabizia Raguso, da Comunidade Loiola e professora de Psicologia na U.C.P., membro da equipa Formadora.
• P.e Dr. Luís Gonzaga Marinho Teixeira da Silva, Director Espiritual do Seminário Menor.
• P.e Dr. Domingos Alberto Rodrigues de Freitas, da Companhia de Jesus, Director Espiritual do Seminário Conciliar.
• P.e Dr. Agostinho de Araújo Pinto de Barros, da diocese de Viana do Castelo, Director Espiritual do Seminário Conciliar.
• Cón. Fernando Teixeira Alves Monteiro, Ecónomo Geral dos Seminários.
Na responsabilidade histórica que nos coloca entre as primeiras dioceses do mundo a construir um Seminário Conciliar, confiemos que S. Pedro e S. Paulo hão-de conceder-nos a graça de fazer com que todos os sacerdotes se apaixonem pela causa dos Seminários, para que a Igreja Arquidiocesana disponha dos sacerdotes necessários, em qualidade e quantidade, para o anúncio da Boa Nova. Nossa Senhora da Conceição nos ensine a acolher a riqueza de dons naturais e sobrenaturais que o Espírito de Cristo ressuscitado derrama em cada um, para que muitos jovens sintam a alegria de ser sacerdotes, hoje.
† Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz
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