Arquidiocese de Braga -

18 maio 2008

Congresso da Família: Dom e Compromisso

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Helena Guimarães

\nConscientes da Família como valor e do valor da família como dom e compromisso, propôs-se abordarmos e equacionarmos a semântica ligada a esta temática de uma forma ecológica, partindo do postulado de que a família é um elemento vital para a sobrevivência da espécie de pessoas e, dadas todas as castas de poluição que a ameaçam e tendem à sua degradação e consequente degenerescência, cabe nos a todos o compromisso de agirmos, lançando mão dos dons que generosamente nos foram atribuídos e actuando como dom que temos o privilégio de ser, responsáveis pelo desenvolvimento e agilização da consciência de sermos ecofamília, para salvaguardarmos um futuro para os nossos e para todos os vindouros.
Foi, pois, pretensão do departamento arquidiocesano da Pastoral Familiar de Braga implementar o Congresso da Família que fornecesse a todos os que nele participassem um conjunto de ferramentas conceptuais e de índole prática sobre como preservar e melhorar as nossas famílias, tendo em vista um futuro aberto ao sorriso de cristalinos afectos e de solidariedade cristã.
No fundo, este congresso propôs se ser o ponto de chegada, após três anos de investimento nesta área pastoral — a família —, bem como o ponto de partida para desenvolvimentos futuros, sempre actualizados face às constantes dinâmicas sociais e políticas a que não nos podemos alhear. Sim, porque a família, dom de vida, de amor, de virtudes, de vocações, de solidariedade, de fecundidade, de formação, de evangelização, de fé, é um poliedro com uma indelével vertente de compromisso, de acção, de vínculo pelo testemunho e pelo empenho incessante, crítico, activo e público, no terreno onde germina e se prolifera, compromisso esse destemidamente, assertivamente cristão.
Idealmente, ao longo deste congresso da Família, todos nós fomos configurando uma espécie de passaporte onde virtualmente apontámos as sendas que ainda temos de calcorrear em família e pela família, as pistas espirituais para nos orientarmos nessas caminhadas dos nossos longos mas minudentes quotidianos familiares, tantas vezes marcados por momentos de íngreme tensão e alguma desorientação, sobretudo no que toca à educação dos nossos filhos e às complexas relações que estabelecemos com a nossa teia familiar, no sentido estrito ou alargado, no sentido denotativo ou figurado.
Ao largar a vela, no início e no término deste congresso, aparelhámo nos com duas certezas: a família é dom e compromisso.

Helena Guimarães (Departamento Arquidiocesano da Pastoral Familiar de Braga)